Caro leitor, provavelmente você sabe que nesta segunda-feira, dia 05/01/2009, a Rede Globo estreiou a minisérie Maysa: quando fala o coração, que em 9 capítulos apresenta a conturbada vida da cantora Maysa Matarazzo, até sua morte aos 40 anos em um acidente de carro na ponte Rio-Niterói (1977). Ela realmente deixou falar mais alto a voz do coração.
E se é um apreciador do que chamo de BMB (Boa Música Brasileira)e bom saudosista como eu, com certeza deve estar se deleitando com as belas (e tristes) canções de Maysa, bem como os registros originais que compõem a trilha sonora da minisérie.
É mais um trabalho magistral de Manoel Carlos (autor), de Jayme Monjardin (filho da cantora e diretor da produção) e de Larissa Maciel (atriz que interpreta Maysa).
Acho que a Rede Globo está de parabéns ao fazer o resgate da produção artística de Maysa, enquanto apresenta essa inigualável cantora ao público da nova geração, que não somente não a conheceu como nem sabe o que é "música de fossa" (Fossa: estado ou condição de quem se encontra deprimido, desalentado, triste - Dic. Houaiss). O jovem de hoje pensa que música romântica, ou "música dor de cotovelo", é essa 'melosidade' das duplas breganejas ou dos grupos ditos 'de pagode', cujas letras, com raras excessões, apresentam rimas paupérrimas e melodias pouco criativas.
No blog do meu amigo Martoni, um holandês maluco por Bossa Nova, você pode encontrar uma excelente postagem sobre Maysa (clique AQUI), bem como acessar um excepcional material sonoro sobre a Bossa Nova, do programa de Rádio Forma & Elenco.
Em tempo: Acho que já é hora da nossa televisão (Globo, SBT, Band, Record, Cultura etc) realizar um especial sobre Wilson Simonal, e cumprir com seu papel de ser uma espécie audio-visual de arquivo cultural de nossa sociedade. Estou aguardando por isso faz tempo, e creio que muitos brasileiros também!
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Hoje me bateu uma baita saudade
Eita, saudade!
Saudade é coisa boa com cheiro de velharia. Fala de pessoas ausentes, de vivências passadas e de coisas já experimentadas mas, e fundamentalmente, fala daquilo que não esquecemos. É tatuagem no coração e na mente. E muito embora digam que a saudade é dor pungente, todos que a sentiram sabem que é melhor que dor de dente.
Dizem que a saudade mata a gente, morena, mas creio nisso não. A saudade não nos foi dada para sofrer, foi-nos dada para viver, ou reviver, como queiram; mas também pode servir para fortalecer o coração e alma do "caboco" saudosista.
Somente os sem amor morrem de saudade ou fazem de suas saudades um lugar de castigo. Minhas saudades são como meus álbuns de retrato: dizem da minha história, por isso guardo-as com carinho. E quando eu me for, sei que serei saudade também.
10 comentários:
Olá!!
Lá no Blog do NTE de Xanxerê tem um selinho para você!
Abraços
Franz, meu irmão, voce disse tudo que eu gostariá de ter escrito mas, por falta de abilidade de escrever em portugues, não tenho coragem de escrever. A história da vida da Maysa me "pegou" desde que eu tomei conhecimento disso, e sobre a vida do Wilson Simonal nem preciso mats falar. Mas as Músicas (sim com M maiusculo)da Maysa são de uma qualidade tão superior que eu não canso de ouvir. Vou aproveitar de uma parte do seu texto deste post para meu blog (claro se concorda). E obrigado para a promessa do DVD da mini-serie. Um abraço caloroso daqui, de holanda abaixo de zero, Martoni
E, sim, acresentei imediatamente a palavra Saudade nos marcadores do ultimo post sobre Maysa
Amigo, tudo bem? Sou Márcio Proença e administro o blog SOMBARATINHO. http://sombaratinho.blogspot.com e fiz uma singela homengen à cantora Maysa com mais ou menos 06 discos raros (inclusive um que o MARTONI do TOQUE MUSICAL não conhecia, interpretando a clássica CHEGA DE SAUDADE de Tom e Vinícius) Realmente concordo quando vc diz que a nova geração pensa que "fossa" seja essa sacanagem que os breganejos e pagodeiros pensam que seja. A nossa televisão deve repensar sua programação e ver que há muito o que fazer para que nossos jovens saibam o que é memória e boa música. Com relação à minissérie realmente a "PLIM PLIM" está de parabéns, aliás, suas minisséries são ótimas, "Amazônia" e "Anos Rebeldes" são bons exemplos aos meus olhos. Visitando sua página, vejo que escreve muito bem. Parabéns pelo seu texto relacionado à cantora e saiba que estarei presente quase que diariamente nesse seu espaço virtual.
Um abraço. Força Sempre!!!
Márcio Proença
Amigo, coloquei-o na lista dos meus blogs prediletos!!!
Um abraço
Márcio Proença
sombaratinho
Em primeiro lugar, muitíssimo obrigada por seu comentário....
ADOREI SEU BLOG.......
O meu, é bem desprentencioso... Coisas de que muito gosto, e armazeno ali......
Volte sempre, pois será um prazer...
Irei sempre ao seu... é é para mim, um imenso prazer.....
Em tempo: adoro Maysa........
Beijos com cheirinho da maresia carioca.....
Adoro Maysa, tô adorando a série...
E concordo inteiramente contigo!
Pois é, Franz! A Globo deu uma dentro, ou melhor, duas , pois a minissérie "Dom Casmurro" também foi excepcional.
Pena que agora vamos ter de passar alguns meses ouvindo falar de Big Brother...
Beijinhos!
Bem... eu que não havia vivido a época de ouro da música brasileira, fiz questão de apreciar a produção da série, e confesso... além das canções, o que mexeu comigo é que (embora eu não tenha essa vida louca e conturbada noturna da Maysa), eu também falo pelo coração. A autenticidade dessa moça é algo que me encanta, e suas canções já faziam parte da minha rotina, porque meus pais (que gostam e sempre cantaram em casa) as tinham em seus repertórios.
Realmente, a rede Globo está de parabéns, e o Franz (deste blog) mais ainda, porque sempre disponibilizou a "BMPB" para nós.
Beijão em todos.
Daniela, obrigado por suas palavras e pela visita. Gostyaria de retribuir, mas ao clicar no link de seu nome, vi que ainda não tens blog. Quando criar um me avise, OK^. Franz
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