sexta-feira, 30 de abril de 2010

Cenas de Ruas de Belém 1

Este Blog é minha Rua resolveu iniciar uma série de postagens intituladas "Ruas de Belém". Serão alguns instantâneos com cenas obtidas por mim durante o mês, e postadas sempre no último dia do mês.

A idéia é apresentar em imagens algo que me chamou a atenção numa dessas ruas. Pode ser sua beleza, expressa num monumento ou numa fachada antiga; pode ser sua fealdade, exibida em seus problemas, suas condições de saneamento ou nas atitudes de seus moradores; pode ser uma foto de um acidente...

Inicio esta série com algumas imagens obtidas com meu celular (já se vê que a qualidade não é lá essas coisas, mas prometo melhorar). Foram tiradas neste mês de abril, que se encerra.

E bem defronte daquela residência na DR. Moraes...
Primeiro, um carro toma a calçada, inclusive empatando a passagem de pedestres (veja que ele se coloca entre o tronco da mangueira e o muro).  
Depois, outro cidadão achou por bem estacionar sobre a calçada e entrar na residência.


Ah! Você não gostou? Vá se queixar ao bispo!

 E numa rua do Barreiro, periferia de Belém...

Mais uma igreja evangélica, uma ONG, uma Fundação, uma Casa de Orações ou o quê?

Primeiro, o que me chamou a atenção foi a pequena placa que diz: "F.D.A. - Fundação Anjos de Deus", na fachada do prédio. Lá dentro as cadeiras estavam dispostas como numa assembléia. Sobre a porta outra placa anunciava: "UNÇÃO Óleo Santo - Vendas Aqui"; enquanto a placa maior, na calçada, anunciando vários cursos profissionalizantes. 

E para finalizar, ontem, quinta-feira (29/04), por volta das 13 horas a maré estava alta na Baía do Guajará. Veja abaixo como ficou a Castilhos França e algumas transversais. 


Espero que tenham apreciado essas Cenas de Belém. Até a próxima!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Faz mal decorar a lição? Nº 2

Leia essa postagem como uma continuação da anterior.
................................................................................................
A admissão ao Ginásio

Sou de uma época que para fazer o curso ginasial, o aluno saído do “Primário” devia fazer a temida prova de “Admissão ao Ginásio”. Sou do tempo em que o uniforme escolar era semelhante a farda militar.

No Colégio Iguaçuano (Nova Iguaçu -RJ), por exemplo, onde eu e Kisnat, meu irmão, estudamos o primário, o uniforme era camisa branca de mangas compridas, calça azul marinho, sapato preto, gravata e um bibico (um chapeuzinho de dois bicos muito usado por militares antigamente -  na foto eu e o mano,  em 1961).

No saudoso Colégio Afrânio Peixoto (também em Nova Iguaçu), onde meu pai, Waldick Pereira,  foi secretário, comecei o curso ginasial. Naquele tempo as meninas estudavam em salas separadas dos meninos, e até no recreio ficávamos em quadras separadas. Tudo supervisionado diariamente pelo emérito Prof. Rui Afrânio Peixoto, o diretor. Foi no Afrânio que li toda uma coleção do Sítio do Pica-Pau Amarelo (15 volumes) e tive a primeira manorada (para quem escrevi os primeiros bilhetes de amor, com a caneta tinteiro que ganhei de meu pai quando entrei no ginásio).

O Uniforme
Naquela época, a camisa do uniforme escolar trazia nos ombros símbolos e marcas, como listas (divisas) ou estrelas, indicando o ano e o grau do estudante. Eu invejava os rapazes com suas divisas e estrelas... Era um tempo em que raramente se via um estudante uniformizado envolvido em briga de rua, ou com o uniforme em desalinho, fosse escola pública ou privada. Sentía-se orgulho de vestí-los, embora fossem quase todos iguais em padrão. Hoje, o aluno, principalmente de escola pública,  não respeita o uniforme nem a professora...

É certo que antigamente a escola era conteudista, conservadora, e reprovava. Porém quase todos concordam que estava mais preocupada em educar e formar o cidadão que a escola atual, que valoriza e estimula a pesquisa, a descoberta, mas em compensação se preocupa mais com preparar o aluno para o Vestibular, o ENEM , a Prova Brasil etc; ou seja, educar para a competição.
Antigamente contava-se mais com a colaboraçao dos pais na educação dos filhos. Hoje, educar e instruir é tudo obrigação da escola. A escola de hoje é um comércio e a educação um produto de mercado. Será que é por isso que muitos de nós, professores e formadores de professores educados e instruídos numa época em que se privilegiava a tradição e a disciplina, não conseguimos impedir que a escola atual (mormente a pública) seja um reflexo do Caos? Você, que leu até aqui, o que pensa?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Faz mal decorar a lição?

Eu não sou do tempo da palmatória, nem de pôr chapéu de burro, nem de ajoelhar no milho de cara para a parede. Mas sou do tempo em que o castigo era ficar depois da aula escrevendo 1000 vezes no caderno alguma frase do tipo: “Não devo colar na prova!” ou “Devo respeitar os colegas!”. Não sei se funcionava, mas raramente alguém ia para a Direção por indisciplina. Enquanto hoje...

Sou do tempo que alunos levantavam quando o professor (ou uma visita) entrava na sala, e durante a aula todo mundo ouvia calado o que ele dizia, anotando no caderno tudo que escrevia no quadro. Sou do tempo da tabuada, do caderno de caligrafia e da famigerada prova oral. Do tempo em que havia questionários com dezenas de perguntas, às vezes 100, que a gente respondia (e tentava decorar) porque iria cair na prova (principalmente de Geografia, História). Aprendi a fazer contas de cabeça, a desenhar o mapa do Brasil, com os estados, idem; era bom na leitura e nunca esqueci a fórmula de Báskara.


Hoje, a pedagogia mudou muito, evoluiu, não exige que o aluno memorize mas que compreenda, que construa conceitos e significados, contudo, ainda não entendo como um aluno chega ao ensino médio sem saber realizar contas de multiplicar/dividir por dois ou três números e a escrever com coerência e de forma legível. Como todo educador atual condeno uma educação baseada na memorização, na mecanização, na decoreba pura e simples, mas acho que o exercício de memorizar, de ler a mesma coisa várias vezes, pode exigir algum esforço intelectual e, até, levar o aluno a entender/compreender aquilo que lê. E, uma vez construído o conceito, que mal faz  decorar?

NOTA:  Etmologicamente, decorar não tem nada a ver com "trazer na mente".  Decorar vem do latin "Cord"= coração. Decorar é trazer no coração.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Festival Multimídia de Escolas Públicas de Belém


Vem aí o

 Clique na imagem
A iniciativa partiu do Núcleo de Tecnologia Educacional-NTE Prof. Washington Lopes, na figura de seu Coordenador, Prof. Marcelo Carvalho que, juntamente com a Profa. Maria do Carmo e este blogueiro, elaborou o regulamento
(Leia o regulamento clicando no banner do evento, acima).

"O evento tem como foco principal estimular e promover o uso de diversas mídias - com ênfase nas mídias digitais - como recurso pedagógico, como instrumento de construção de conhecimentos, como fator de protagonismo e instigador de interação e de criação de oportunidades de autoria e co-autoria entre professores-alunos, professores-professores e alunos-alunos. E ainda, através de oficinas ministradas neste NTE e conforme a necessidade, formar professores e alunos na construção de vídeos, de história em quadrinhos e animações, de blogs e podcast."

E com mais essa iniciativa pioneira o NTE Prof. Washington Lopes  se coloca , mais uma vez, na vanguarda das ações voltadas para o uso das TIC dentro de uma perspectiva educomunicativa, nas escolas públicas da rede estadual paraense. Vale salientar que foi a partir de 2007 que  hasteamos essa bandeira, quando iniciamos os primeiros projetos de uso de blogs e podcast em escolas públicas estaduais (veja AQUI e AQUI), que culminaram no primeiro Concurso de Blogs de Escolas Públicas de Belém (Veja AQUI AQUI)

* Banner criada pelo Prof. Franz

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Aprendendo de Clic em Clic no JClic

Particularmente, acredito que o professor que entra nessa área da educação mediada pelas TIC e emprega ferramentas computacionais em sua ação educativa, aprende a ver o mundo da educação de outra forma e,  dificilmente , retorna à velha prática. Mostrar ao professor como fazer isso, e ao mesmo tempo contribuir com esse processo pessoal de mudança de paradigma,  é o desafio que nós, multiplicadores e dispersores das políticas públicas em Informática Educativa lotados nos Núcleos de Tecnologia Educacional-NTE  (estaduais e/ou municipais) nos propomos desde que o Proinfo foi implantado.

Assim, nos NTE vivemos realizando cursos e oficinas de formação continuada e em serviço para professores das redes  públicas. Um destes cursos  é  o "Construção de Objetos de Aprendizagem Utilizando o Software JClic" , que realizamos no NTE Prof. Washington Lopes (SEDUC - veja AQUI), com carga horária de 40h e 2 encontros semanais.  Mas, apesar das inscrições iniciais contarem  com 15 a 17 participantes em cada uma das três turmas ofertadas, infelizmente  apenas cerca de 1/5 dos inscritos estão comparecendo. Isso levou, inclusive, ao cancelamento da turma da manhã, enquanto a minha, no turno da tarde, corre o risco de também ser fechada por falta de participantes. 

Outro curso que  teve uma turma cancelada por falta de alunos foi o de  Elaboração de Projetos (40h-Proinfo), que acontecia  nas noites de quinta-feira. Eram 27 inscritos, mas também mantinha-se na casa dos  20% de  frequência.  Vejo que muitos dos que abandonam os cursos são professores veteranos. Não entendo porque tantos se inscrevem, inclusive tomando a vaga de  candidatos mais interessados, para depois abandonar após a primeira aula, ou simplesmente nem aparecer. É frustrante preparar um curso para duas dezenas de professores e só encontrar 4, 5 ou 6...

Por outro lado, no NIED (SEMEC) um curso semelhante, mas com carga horária de 12h, também está acontecendo para quase 70 participantes (todos professores de salas de Informática) distribuídos em 2 turnos e três turmas em cada turno. Esse curso acontece na HP (hora pedagógica), um benefício que garante aos professores da rede municipal 1 dia na semana para  suas ações de estudo e aperfeiçoamento, que DEVE ser cumprido na escola ou no NIED. Os professores da rede estadual não são contemplados com HP.

Penso que a Secretaria Estadual de Educação-SEDUC, que já instituiu a Bolsa Mestrado, Bolsa Doutorado, deveria seguir o exemplo da Secretaria Municipal de Educação-SEMEC e, também, garantir ao seu professor um dia, ou um turno, dentro de sua carga horária semanal mas fora da sala de aula para ele, OBRIGATORIAMENTE, investir nas formações oferecidas pelos NTEs.

Com isso, acredito, teríamos mais e mais professores inseridos no mundo digital, mais e mais professores fazendo uso da Informática em suas aulas,  mais e mais professores conhecendo Objetos de Aprendizagem, mais e mais professores olhando a educação de outra forma e abandonando as velhas práticas.  

Ah! Você conhece o JClic?
Ele é um software de autoria da comunidade de software livre, desenvolvido na plataforma JAVA e disponível no site Zona Clic (acesse AQUI). Serve para a criação de atividades pedagógicas interativas, que permite montar 7 tipos de atividades, como Quebra-Cabeça, Jogo de Memória, Palavras Cruzadas, Sopa de Letras e atividade de Completar e Ordenar palavras ou frases. Com elas você pode criar até 16 variações, possibilitando montar projetos com dezenas de atividades diferentes, e que podem atender a diversas áreas curriculares, do ensino fundamental ao médio. 

O material  do curso foi baseado no Tuturial JClic, disponível para download aí na barra lateral.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O Feliz Ganhador


Este é o Prof. Adinalzir, do Blog Saiba História. Ele é um carioca paid'égua,  amigo deste blog e caminhante frequente dessa "Rua",  

Adinalzir exibe  com satisfação a camiseta com motivos marajoara e o excelente CD  Mantras, da Iva Rhote (veja mais sobre essa artista AQUI) que ganhou na promoção de Aniversário do Blog (Veja AQUI e AQUI).  No próximo ano tem mais, minha gente. 

No TOP BLOG 2011 ficamos entre os 100 melhores da categoria. Pode ser pouco para uns, mas para mim é motivo de orgulho e satisfação.
Sou muito grato a todos que passaram por essa rua que é meu blog e deram seu voto. Cord ad Cord Loquir Tum

Powered By Blogger
Petição por uma Internet Democrática