Começamos indo para a UFRA, pela Av. Tancredo Neves (antiga Perimetral), uma avenida de apenas duas pistas e sem acostamento, que enfrenta um fluxo intenso nesses dias de fórum . Cerca de 2 km antes topamos com um engarrafamento, já diante da Universidade outra dificuldade: lugar para estacionar. Um cartaz de papelão preso num poste dizia: Estacionamento R$ 3,00 a hora, e uma seta indicava a direção, mas passei direto: Tá maluco, nem no estacionamento do Shopping é esse preço! Neguinho está apelando.
CENAS DO FSM NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ-UFPA
Estou preparando um slideshow com mais imagens. Volte amanhã no fim do dia. OK?



Sai dalí e perguntei a uma jovem que passava com um adesivo da CUT nas blusa: Você pode me dizer onde fica a exposição de fotos de Cuba? Ela me olhou assim meio a pedir desculpas e respondeu em francês. Como o meu francês é mais “broken” que o meu inglês, eu disse “Merci” e continuei a busca.

Quando já íamos para casa almoçar, cruzei com um duas jovens e ouvi o seguinte trecho da conversa: “Estou cagando para o país de onde ela veio. Chegou aqui tem que falar o português.” Hum! Também penso que não temos nenhuma obrigação de falar no idioma do turista estrangeiro. Ele é que, ao vir para cá, deve tentar se comunicar na minha língua, mas de forma alguma irei tratá-lo mal por isso.
Pela tarde, nosso destino foi a UFRA. O céu estava carregado de nuvens escuras e esperei que desabasse aquele toró, para amenizar o calor brabo que fazia, mas ela não veio. Ou melhor, veio somente quase às 19 horas, quando já estávamos chegando em casa.
CENAS DO FSM NA UNIVERSIDADE FEDERAL RUAL DA AMAZÔNIA-UFRA
Diante da entrada da UFRA o comércio informal explodiu quase instantaneamente, e do lado de dentro também. Havia de um tudo, como numa verdadeira feira. Muitos vendiam água mineral e cerveja, uns vendiam chapéu, camiseta, chaveiros, lanches, refeição em quentinhas, guaraná, guarda-chuva, bombons regionais, balas, chope de frutas (que nalguns lugares é sacolé), picolé e o escambau.
Num canto um senhor vendia mel de abelha, noutro uma mulher com um punhado de calcinhas pendurada nas mãos oferecia aos passantes. Pelas laterais da estrada que leva aos pavilhões e tendas das conferências, palestras, debates etc, dezenas de artesãos daqui e de outros estados expunham seus produtos. Centenas de “hippies” vendendo seus brincos, colares, pulseiras e outros adereços feitos de linha, metal, contas, arame e outros materiais. Em um grupo do Equador comprei um “regalo” para minha mulher.
Parei para fotografar uma pizzaria bem original. Numa barraca rústica, uma placa dizia vender Pizza em forno de lenha. O forno era bem artesanal, feito com telhas e barro colhido ali mesmo. Ainda se via tufos de capim, mas não cheguei a conferir a pizza, por motivos óbvios. E apenas para não esquecerem que estavam na Amazônia, uma placa alertava para ter cuidado com animais peçonhentos.

Ouvi um rapaz dizer para uma jovem: “... o Festival de Woodstock”. Fiquei imaginando se ele se sentia como no famoso festival de 1969. Achei que de fato havia alguma similaridade, pois Woodstock congregou diversos estilos musicais e formas de livre expressão, reunindo milhares de jovens em torno de um movimento pacifista, mas contestador e carregado de uma forte critica social. Lá, como aqui, causou grande confusão no trânsito e agitou, social e econômicamente, as imediações onde se realizou.

Um cara dava uma entrevista para uma reporte e um cinegrafista da Record (sei pelo símbolo no microfone). Ele falava de sua coleção: bicicletas. Parei para ouvir e conversar. Soube que era um fluminense de Itatiaia (RJ) que vivia em Belém e que tinha 62 bicicletas. Guardava desde seu primeiro velocípede, e a jóia da coleção era uma bicicleta com transmissão por eixo cardan, a única que já vi.

Faltando alguns minutos para as 18h o Sol ainda nos aquecia, e a ausência de vento tornava o calor maior e ajudava a minha transpiração. Resolvemos ir embora. E ainda estava chegando gente! O que se via ali era como uma eclosão de primavera, com tudo que ela traz de esperança, alegria, fecundidade, dádiva e benção. Como disse Che Guevara: “Os poderosos podem matar uma, duas ou até três rosas, mas nunca poderão deter a primavera”. .
8 comentários:
Oi Franz, que reportagem bonito. Num certo momento eu vi até o Rio Guama com o açaizal, umas garças e o sol já baixinho.
Martoni
Mas, eu acho que é exigir um pouco demais quando quer que todos que querem vistar Belém ou participar do Forum devem antes aprender a lingua portuguesa.
Abr. Martoni.
Ola Professor, Tambem estive la, e que bom que este Forum ja esta dando seus frutos, fiquei sabendo que esta chegando a Belem um escritorio de Biodiesel. O Governo Federal autorizou o uso do Biodiesel, que bom o mercado vai gerar mais empregos e assim melhorar a economia do Brasil, reduzindo as importações do diesel de petróleo, além de contribuir para preservar o meio ambiente e promover a inclusão social de milhares de brasileiros. Nooossa! como é importante neste momento investir neste trabalho. Estive na UFRA com os Assurinins, fiz ate uma tatuagem. Muito importante registrar e divulgar esses momentos. Roseane.
Gostei de visitar o seu blog e de seus comentários ou seu olhar sobre o FSM.Fiquei maravilhada de ter participado ativamente do Fórum e ter conhecido pessoas de outros países e que mesmo não sabendo falar Português e nem eu Inglês e nem Espanhol conseguimos nos comunicar.
To "Anonino"
Sorry, but I don't help you in this question.
Thanks for stopping by my blog
What classes and where can be taken? If there are classes, would there be any in San Diego or Seattle?
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Dear "Anonimo", What are U talking about? I don't understand what you want. Please, be more explicit.
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