segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O Desafio da Educação na Sociedade Pós-Moderna: integrar tecnologia e pedagogia

Neste final de semana recebi o pedido de uma professoraTatiane Azevedo, de Goiânia (GO,) para que lhe enviasse uma copia do artigo “O Desafio da Educação na Sociedade Pós-Moderna: integrar tecnologia e pedagogia”, que escrevi em 2003. O artigo esta’ disponível no site do ProInfo,( http://pontodeencontro.proinfo.mec.gov.br/artigo_franz.htm). Porém, ao ser publicado na Web, os sinais de acentuação e o “Ç” foram desconfigurados, o que torna sua leitura um pequeno exercício de paciência, pouco complicada mas não difícil. Confira abaixo em um trecho do Resumo: "No presente artigo, nosso interesse � apresentar alguns aspectos relacionados aos problemas que a escola enfrenta para integrar tecnologia e pedagogia de forma a atender as exig�ncias do mercado e os interesses do homem moderno, enquanto lida com as mudan�as de paradigmas desencadeadas pelas modernas tecnologias da informa��o e comunica��o e as dificuldades dos professores para utilizar os computadores como ferramenta auxiliar � transmiss�o de conte�dos." Assim, alertado pelo pedido da Tatiana (o qual já atendi), deixo aqui o apelo para você que está interessado nesse assunto: se desejas ler o artigo, entre em contato comigo, para que possa te enviar a cópia correta.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

BotoSET-Linux

Hoje aconteceu, no auditório da Secretaria de Estado de Educação-SEDUC, a apresentação oficial do BOTOSET-Linux, uma solução desenvolvida pela Equipe do Projeto SET (Servidor Estação de Trabalho) da UFPA, em parceria com a SEDUC. Tendo por base a distro Ubuntu, o BotoSet é uma solução pioneira, que busca aproveitar as velhas e obsoletas máquinas do ProInfo. Tomando a proposta do BOTO, que era uma customização do Kurumim, o BotoSet-Linux é uma solução regional que traz uma cara "papa-chibé" (paraense), com cheiro de manga madura, patchouli e cupuaçu. Traz o pacote educacional do MEC e outros aplicativos e ferramentas sugeridas por nos, os multiplicadores do Núcleo de Tecnologia Educacional-NTE, que fomos convidados para colaborar na sua avaliação. A SEDUC pretende instalar o B7 em todas as escolas que possuem sala de informática. E estamos ansiosos em trabalhar com este programa, desenvolvido por jovens estudantes paraenses, para a educadores paraenses. Parabéns a todos.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

MANIFESTO PRO-INDIGNAÇÃO BRASIL

MANIFESTO PELA INDIGN@AÇÃO DA NAÇÃO Oi! Estou lançando, a partir de hoje, um movimento pela indignação nacional. Como educador, freqüentemente me posicionei com pura indignação diante de vilanias, injustiças e atos anti éticos. Por isso, hoje venho falar do verbo Indignar, de indignação, de nação indignada ou nada indigna nação. Esse jogo de palavras me lembra a música “Caldeira do Diabo”, que em certo trecho brinca com as palavras “indignação, indigna, nação”... (confira no endereço http://www.politicus.org.br/arquivos/UltimoAviso.swf). Indignar é verbo pra ser conjugado, apenas de duas formas: presente do indicativo ou imperativo afirmativo. Futuro e pretérito não devem, nunca, ser ensinado nas escolas. O que aprendemos na escola (?) é que o morfema In é um prefixo de negação, e antes de uma palavra parece que o In serve para construir seu antônimo; ou seja, In é um elemento classificador da condição oposta: Infeliz, Insubordinado, Incapaz, Incrível... É preciso, já, que a escola ensine a aprender a se indignar. Mas, será que temos professores realmente indignados? Ou são apenas insatisfeitos, inconformados? Recentemente vi, pela televisão, uma campanha um tanto ridícula, que apresenta uma professora em sala de aula “ensinando” a um bando de adultos a repetir “eu estou de olho...”. Parece um bando de retardados decorando a tabuada. Muita gente tem olhos e não vê, ouvidos e não ouve... Cabe a Educação o papel de “abrir” os olhos e “destampar” os ouvidos, como queria Paulo Freire. Em outro comercial apresentado em 2007, este para a Rádio CBN, o professor e jornalista Heródoto Barbeiro discursa no Viaduto do Chá convidando os passantes a tomarem atitudes, se indignarem (veja em http://www.youtube.com/watch?v=vjTno9IjTfU ) Indignar-se é uma atitude de amadurecimento político-social e intelectual, que não deve ser confundida com o mero “revoltar-se” ou com uma ameaça pueril do tipo “Estou de olho...”, que está mais para uma atitude de mãe que adverte filho do que de cidadão cobrando seus direitos. Indignar-se é um direito de cidadania, que deve ser respeitado em seu exercício, pois só nos indignamos diante de um motivo digno. Contudo, indignar-se diante da ação de empresários desonestos, de políticos corruptos, de policiais bandidos ou da falta de ética de um chefe ou companheiro de trabalho, quase sempre acaba em perseguição e punição. Mas o cidadão indignado não adota uma posição de indiferença ante a injusteza de uma causa ou situação, mesmo que isso lhe cause transtornos. O Jornalista Boris Casoy, âncora do Jornal da Record se indignou e foi demitido em 2005; a apresentadora SALETE LEMOS, âncora da TV Cultura, fez um discurso de pura indignação com a política econômica brasileira (veja vídeo abaixo), e por conta disso foi demitida em julho de 2007. Se alguém cuja missão é divulgar a verdade e manter o povo informado, é punido por cumprir seu dever, me diga se esse não é um motivo digno da gente se indignar?! Enquanto isso, os BBB (Bobo, Babaca Brasil) imponderam a imbecilidade nacional. Brasil digno, indigne-se!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Cheguei ao Pará, parei. Tomei banho de rio, fiquei.

No Pará há um ditado que diz: "Chegou ao Pará, parou. Tomou açaí, ficou." Mas, desde que aqui cheguei, em 1980, o que tomei primeiro foi um banho de rio. Me banhei nas águas do Amazonas, do Guamá, do Tapajós, do Negro, do Xingu, do Tocantins, do Jari, Paru e tantos outros. Aqui, nesse mundão de mata e água, onde muitas vezes não se sabe onde começa uma e termina a outra, descobri que o padre italiano Giovanni Gallo estava certo ao dizer: "Na Amazônia, quem manda são as águas" (in Marajó, a ditadura da água. S. Cruz do Arari: O Nosso Museu. 1981). Fecundado por essas águas, finquei raízes e gerei frutos. Quando cheguei ao Pará, não foi porque tomei açaí que parei, foi porque essas águas é que me navegam, e nelas sou como "tronco submerso, do rio sem nome que se vai de mim" (Tronco Submerso, de Ruy Barata). Esse blog é minha rua foi inspirado na canção "Esse rio é minha rua", do poeta paraense Rui Barata. ----- O vento e a canoa
Thiago de Mello
O vento leva a canoa
no rumo que só ele sabe.
A vida me leva à toa,
as se me perco me vale.
O vento e a vida: canoas
que sabem todas as águas,
das terríveis e das boas.
(O que as encrespas são mágoas
maldormidas dos que nelas se afogaram maldizendo.)
Muito para as pandas velas
minha vida vem dizendo.
Faço estas quadras brincando
de levar a vida a sério.
O vento chega cantando
mas não me explica o mistério.
Em outubro de 2007, durante a XI Feira Pan Amazônica do Livro, tive a honra de conversar por alguns minutos com o grande poeta amazônida Thiago de Mello, que autografou para minha Leca, seu "Poemas Preferidos" (Ed. Bertrand Brasil, 2006).

São Jorge e o Astronauta

Certa vez, durante um Curso de Formação de Professores em Belo Monte (cidadezinha cortada pela Tranzamazônica e pelo Rio Xingu, conheci um sujeito que não acreditava que o homem havia pisado na Lua, mas acreditava que lá morava São Jorge e o dragão. Baseado nisso escrevi o conto abaixo, mais tarde publicado na coletânea 13 Contistas e 15 Contos, do VI Concurso de Contos da Região Norte (UFPA, 1999) e na Revista Eletrônica A Arte da Palavra, edição 14 - 15/12/2001 (http://www.aartedapalavra.com.br/index.htm )
SÃO JORGE E O ASTRONAUTA No início dos anos 70, Santana do Anajarí, na região do Salgado, era uma pequena e pacata vila de pescadores, quase isolada por terra. Não conhecia a luz elétrica nem os vícios que ela traz. Jornal só vez em quando, e quando aparecia, era sempre atrasado de dias. O rádio era o único meio de comunicação a levar informação e lazer, mas as pilhas eram caras e duravam pouco, por isso quem tinha o seu tratava de racionar. Ouvia-se o rádio em horas determinadas: aquele programa da PRC... - “ a voz da .Amazônia....operando em ondas curtas para...”, - que transmitia os recados dos parentes e amigos da capital para o povo do interior: “Alô, alô Zeferino Torreão, alô, alô Zeferino Torreão, teu irmão está mandando avisar que tua filha chegará no próximo navio. Diz que ela não se deu bem aqui na capital...” - era imperdível; prestava um serviço de “urtilidade púbrica”, como diziam os caboclos. Ouvir rádio o dia inteiro só seu Viriato Farinha, português de Funchal, na Ilha da Madeira, dono da única venda de secos e molhados, do primeiro rádio e das duas únicas geladeiras à querosene do lugar. Foi graças a ele que aquele povo conheceu o gelo, a “maior invenção do século”, segundo Genésio, que quando viu pela primeira vez o filho chupando uma pedra de gelo, gritou: -‘Tás comendo “vrido”, peste? E o guri: - Não pai, tô chupando gelo. Televisão, tirante seu Farinha, e talvez metade de meia dúzia de afortunados, ninguém mais sabia que bicho era. E por mais que ele tentasse explicar, não havia quem conseguisse entender: - Cumantão seu Farinha, quer dizer que essa tar de televisão é um caixote em que a gente pode vê as pessoas lá dentro? E o português insistia por detrás do balcão: - Então não estás a perceber? É como um rádio, só que é maior e a gente pode ver quem está falando, pois não! O grupo de ouvintes se entreolhava. Uns arqueavam as sobrancelhas enquanto baixavam os cantos da boca, numa expressão de clara admiração e assombro; outros simplesmente sacudiam a cabeça em sinal afirmativo, como se estivessem compreendendo tudo e reforçassem o que dizia o lusitano, porém, em verdade nada entendiam, mas respeitavam a cultura e conhecimentos do dono do empório; outros ainda, discretamente, trocavam uma piscadela matreira. - Hen-hen... E quem a gente vê pode vê a gente? - C’os diabos, ó homem, claro que não! Essas pessoas que a gente vê no aparelho de televisão estão muito longe, no Rio de Janeiro ou em São Paulo, e não dentro do aparelho, ora pois pois!... Catando os restos de paciência que ainda possuía, o comerciante tenta explicar que a ciência humana não possui limites. Que, primeiro, o homem inventou a luneta e o telescópio, que era para ver o que estava distante, até mesmo a Lua e outros planetas; depois inventou o microscópio, que serve para ver as células e os microorganismos, que são coisas tão pequenas que chegam a ser invisíveis aos nossos olhos; e finalmente inventou a televisão que é um aparelho revolucionário, pois permite ver o que está acontecendo noutros lugares, no instante em que o fato está se sucedendo. Explicou ainda que as imagens e sons viajam pelo ar, como as ondas de rádio, desde a estação transmissora até o aparelho receptor. - Desculpe seu Manuel, mas se esse tar aparelho é tão bom, por que o senhor não tem um aqui? - Isso mesmo, por que o não traz um pra gente ver? - Ai, minha Santa Edviges! Não existe televisão que funcione à pilha ou à querosene, como as minhas geladeiras ou o rádio. Ó raios! - e para seus botões: “Depois falam de nos portugueses...”- Este bendito aparelho só funciona com energia elétrica, e aqui nos não temos essa benção. Entendestes, ó pá? O velho Genésio, que se mantivera calado segurando o copo de cachaça, entornou o líquido branco de um só trago, cuspiu para o lado e disse: - Olhe, se calhar inté que isso pode existir. Se existe “Lubisomi; se existe Matinta Pereira, que eu já vi; se existe Cobra Grande, se existe, Curupira e Saci, se existe “buto” que vira gente..., por que não havera de existir esse aparelho maluco? Todos concordaram com aquele raciocínio “lógico” do velho pescador. Isso era coisa que eles entendiam, estava na linguagem deles, e não era complicado como a fala do português. E tudo teria terminado ali se um dos ouvintes, justamente aquele que dera a piscadela, não tivesse afirmado em tom de provocação e chacota: - Tá certo, seu Farinha, tá certo! O homem é um bicho capaz de inventar e fazer muitas coisas fantásticas. Agora só falta o Sr. dizer que o homem já foi à Lua... He! He! He!... - Pois fique o Sr. sabendo que exatamente no dia 20 de julho do ano passado, um homem chamado Neil Armstrong, pisou na Lua... E isso foi transmitido para o mundo todo, pela televisão... A notícia causou um impacto que o esforçado taberneiro não esperava. Dois ou três segundos de silêncio, para processarem a informação, e irromperam numa gargalhada estrondosa. O albino Calunga, num acesso de riso desenfreado, curvou-se tanto para trás que chegou a cair do banco em que estava sentado, os olhos lacrimejavam. Genésio engasgou-se quando ia tomar mais uma talagada, borrifou o mais próximo com a cachaça e passou mal de tanto tossir; Agripino, mestre calafate, ria no seu modo peculiar: a mão tapando a boca e o riso saindo em rajadas sibilantes. Josias Carvoeiro, o mudo, ria seu riso sem som, de boca aberta e olhos fechados, ora jogando o corpo para frente, ora para trás; de vez em quando extraia uns ruídos estranhos da garganta. Outros gargalhavam escandalosamente, dando tapas no balcão. Sério, só o velho patrício de Bocage. E mesmo depois que trancou as portas de seu estabelecimento, o comerciante ainda ouvia os risos e os comentários descabidos, os disparates, a parvalhice ingênua daquela gente simples, afastando-se na noite silenciosa: - Diga lá, seu mano... esse tar de “Neimistron” pisou na Lua, será? - Qual! esse português quer fazer pouco da gente, seu mano... Imagine se São Jorge ia deixar o homem pisar na Lua. Há! Há! Há!... ---------------------------------------

Há, em Belém, no bairro Cidade Velha, um excelente e exótico bar e restaurante, chamado "Taberna São Jorge", famoso pelo seu "Arroz de pato" que recomendo a todos (mais informações em http://veja.abril.com.br/melhor_da_cidade/belem/bares.shtml).

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Hoje: dia 13

Oi! Apoś a 1ª postagem deste Blog (A guisa de....) foi que percebi que a data de hoje é quarta-feira, 13. Quarta-feira: em espanhol, Miércoles; em inglês Wedsneday, em Italiano, Mercoledì, em francês, Mercredi. Dia consagrada a Mercúrio, o mensageiro dos deuses do Olimpo. Por ser o menor planeta do nosso sistema solar e o mais próximo do Sol, move-se muito rápido, como se tivesse “asas nos pés”. E estando perto do Sol, estava próximo do deus dos deuses, logo era seu mansageiro. Esses gregos e romanos sabiam das coisas!...

Ah! Mas e quanto ao 13? Há o tabu que o 13 é o número da Morte. Bem, no tarô a 13ª lâmina é o arcano Morte, mas trata-se de uma morte iniciática. A numerologia também nos ensina que o 13 é o número das transformações, da Renovação: Ignis Natura Renovatur Integra; Ignis Natura Regeneratur Integra. E é nisso que creio.

A guisa de apresentação

Oi! Você que acaba de entrar nesta trilha do meu caminho, saiba que nesta rua poderás encontrar apenas as minhas paisagens urbanas e a arquitetura que eu sei construir e/ou aprecio. Mas também podes vir a encontrar, nalgum trecho do caminho, outros navegantes do conhecimento, caminhantes de estrelas, andarilhos de rios e igarapés, mochileiros da cybercultura, buscadores de um tudo, ou apenas mais outro maluco como nós dois. Se gostares do que aqui encontrar, pára um pouco, respira, olha, aprende, ensina e te vai. Mas antes, deixa um pouco de ti, pois é assim que construímos o caminho: caminhando. Como dizia um velho poema meu, para uma antiga amada: "De tudo resta um pouco, um pouco de ti em tudo..." Obrigado. Franz

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