sábado, 9 de março de 2013

Dia Internacional da Mulher


Ontem foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, e por isso hoje essa postagem vai tratar do Amor, ou melhor, do que aprendi sobre o amor com as mulheres de minha vida, minha mãe, minha mulher e minhas filhas: D. Margarida (mamãe), Lenise, Madaya, Keith e Amanda.

Quando Amanda tinha 13 anos apareceu-lhe um pretendente com uns 16/17 anos. Eu perguntei porque ele não procurava uma menina mais na sua idade, e o coitado disse: “o que posso fazer se eu  a amo?”

Confesso que fui um tanto ríspido quando disse que ele não tinha idade para saber o que era amor. Depois fiquei pensando que talvez eu estivesse errado, e que ele pudesse ter razão. Com certeza não era O amor o que ele sentia (nunca é com essa idade), mas seguramente, naquele momento, ele sentia algo que interpretava como amor, sim. Não um amor como o que sinto por Leca e ela por mim. Até porque, gente adulta sempre acha que, pela experiência de vida, pelo muito que já passou, está em condições de poder identificar seus sentimentos com mais clareza que dois adolescentes. 

Atualmente Amandinha tem 16 anos e namora, há mais de 2 anos, com o Arthur (de igual idade). E me parece, sinceramente, que os dois se amam. Observo-os com satisfação. 

Namorado/a é "aquele que está enamorado de alguém". O significado da palavra tem origem espanhola e vem de “en+amor+ar” = estar em amor. Estar em amor é o melhor estágio para o humano ser. 

O amor começa (e acaba) no namoro. Por isso um casal deve estar sempre namorando... É assim que vivo.

Nessa postagem quero falar exatamente disso: do amor e do que ele exige. Muita gente pode fazer isso melhor que esse modesto blogueiro. Mas é para meus filhos que escrevo...

O amor é como uma nota musical: tem várias intensidades e acordes. Por exemplo, existe o Dó central, o dó menor, o dó maior, o sustenido etc. No amor essas intensidades são interpretadas por nós como amizade, simpatia, paixão etc e tal.


Tem gente que se sente atraída por outro, e diz que está amando. Tem gente que se entrega ao outro de olhos fechados e pensa que está amando, quando o que sente nada mais é que fraqueza e dependência. Tem gente que diz que não consegue ficar longe de alguém. Está seduzida pela beleza, pela cultura, pelo status do outro. E pensa é isso é amor. Mas não é. É só admiração. Tem gente que aceita tudo do outro porque crê amá-lo, mas submissão não é amor. 

Todo mundo quer ter um amor, então o amor deve ser uma coisa boa. E é! Mas para uns o amor também pode ser uma coisa ruim. Por isso quero dizer para vocês uma coisa que aprendi, e acho importante: amor e sofrimento andam sempre juntos. Vocês que estão aprendendo a amar precisam saber que quem ama deve estar preparado para duas coisas: sofrer e fazer sofrer. O amor pede sacrifícios que as vezes não estamos prontos para suportar.

Também aprendi que sempre magoamos as pessoas que nos amam ou que amamos. Qual o namorado ou namorada que não magoou o outro pelo menos uma vez? Eu amo Leca, e daria minha vida para vê-la sempre feliz, mas já a magoei e mesmo nos magoamos mutuamente. Mas graças a Deus isso só aconteceu 1 ou 2 vezes.

Todo filho ama sua mãe, contudo é ele quem, muitas vezes, mais a magoa e faz sofrer. Da mesma forma o pai que ama sua filha, pelo menos uma vez vai fazê-la sofrer e chorar. Eu amo meus filhos, e sou amado por eles, mas já nos magoamos várias vezes. É assim a vida dos que amam e são amados. 

Tem gente que pensa que amar é fácil. Mas não é. Fácil é dizer “Eu te amo”. É fácil amar quando as coisas vão bem, quando tudo está dando certo na vida. Mas é quando as dificuldades chegam, quando se tem que enfrentar os problemas que enchem os dias que o amor verdadeiro se mostra. Amar é apoiar o outro quando você também necessita de apoio para não desmoronar; é ser a tábua de salvação do outro quando você também necessita se agarrar em algo para não afundar. Quem pensa em si primeiro para depois pensar no outro mente quando diz “Eu te amo”. Amor é o supremo desejo de guardar o outro, é a necessidade de fazer o bem a alguém.   

Porém o mais importante que aprendi não foi isso. O mais importante que quero dizer pra vocês é que o amor, quando é real, verdadeiro, apresenta um terceiro aspecto. É sua expressão mais sublime: o perdão. Perdoar é a forma mais bela de amar. Se amar o outro não é tarefa tão fácil, perdoar é muito mais difícil. Vocês, se quiserem manter o seu amor, devem aprender a perdoar. 

Todo mundo, em algum momento da vida, faz alguma coisa de que se arrepende eternamente; todo mundo, em algum momento da vida, precisa/deve perdoar, ou necessita do perdão de alguém.

Por isso quero dar uma sugestão para os enamorados da família, e que aprendi com a Leca. Peguem uma caixa de papelão, plástico, madeira, metal, ou compre ou mande fazer uma. Pinte sobre ela as palavras “Baú do Coração”. Nele você deverá guardar os vestígios dos bons momentos de suas vidas. Aquele ingresso do show ou do filme que assistiram juntos; as passagens de uma viagem que fizeram; bilhetinhos; enfim, qualquer coisas compartilhada em momentos de afeto. E quando estiverem naqueles maus momentos, nas crises,  mágoas e no sofrimento do desamor, abram o bauzinho, e encontrem aquelas boas lembranças. E nelas um reforço para compreender o outro, aceitar seu erro e perdoar.

A gente aprende muito quando ama e aprende muito quando erra. Mas aprende muito mais ainda quando perdoa. É pelo perdão que a gente evolui e transcende nossa condição de humanos.
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