Em 1968 Clarice Lispector, minha escritora brasileira favorita, pôs em
sua coluna no Jornal do Brasil: "Escrever é uma maldição". Ela devia
saber o que dizia. Ela, que tanto disse, que tanto quis dizer e que
tanto se torturou no dizer e no calar...
Não tenho pretensões literárias, mas gosto de escrever. Apesar de ter duas obras publicadas (vide barra lateral) e alguns artigos em anais de congressos, seminários e encontros da categoria, não me considero um escritor. Ainda que, de vez em quando, eu escreva uns contos e outras cositas más, ainda assim não me considero escritor. Escritor é aquele que vive para escrever e do escrever.
Para ser escritor é preciso, antes, ser um leitor contumaz. A contumácia é a qualidade basal do escritor, é a perseguição pelo seu melhor no sempre amanhã. Sem teimosia, sem pertinácia, não se é escritor. Acho que alguém já deve ter dito que escrever, como compor, pintar, fotografar ou outro vício que se tenha, é necessidade, quase como a de fazer cocô.
Nem mesmo aquele que escreve cotidiariamente num blog pode se considerar escritor. Mas, que ser blogueiro é um ensaio para ser escritor, isso é! E foi pra isso que eu criei este blog: para exercitar-me. Não para ser UM ESCRITOR, mas para dar vazão ao impulso de escrever.
Ah! quem faz o escritor é o leitor. É, mas esses eu os tenho poucos.
Não tenho pretensões literárias, mas gosto de escrever. Apesar de ter duas obras publicadas (vide barra lateral) e alguns artigos em anais de congressos, seminários e encontros da categoria, não me considero um escritor. Ainda que, de vez em quando, eu escreva uns contos e outras cositas más, ainda assim não me considero escritor. Escritor é aquele que vive para escrever e do escrever.
Para ser escritor é preciso, antes, ser um leitor contumaz. A contumácia é a qualidade basal do escritor, é a perseguição pelo seu melhor no sempre amanhã. Sem teimosia, sem pertinácia, não se é escritor. Acho que alguém já deve ter dito que escrever, como compor, pintar, fotografar ou outro vício que se tenha, é necessidade, quase como a de fazer cocô.
Nem mesmo aquele que escreve cotidiariamente num blog pode se considerar escritor. Mas, que ser blogueiro é um ensaio para ser escritor, isso é! E foi pra isso que eu criei este blog: para exercitar-me. Não para ser UM ESCRITOR, mas para dar vazão ao impulso de escrever.
Ah! quem faz o escritor é o leitor. É, mas esses eu os tenho poucos.
5 comentários:
Bom enfoque este Franz,
A pulsão da escrita. A pulsão da leitura. A relação da compreensão. O guia do sentido. O valor do significado. A beleza da rede de ideias. Releitura. Espaço múltiplo. Voar. Tocar. Reinventar-se. Afinidade transversal. Cíclica. Rede que gesta comunicação entre escritor e leitor.
Hipertexto dilui cada vez mais a relação leitor-autor, aproxima opostos. Boa troca, hem? Eu escrevo você lê, você escreve eu leio. O sentido da leitura e os toques lineares do leitor perpassam a rede e a criatividade literária do leitor-autor. O status é a competência leitora. Afinada aos corpos relacionais. Mais belos.
E assim vamos construindo amigos e nos refazendo nessas relações. Tin-tin!
Rocio, vc. tem razão: escrever é, sim, visceral. E é na pulsão e na compulsão que o indivíduo se eleva como ser, ou desaba como animal; ora divino ora demônico. Assim somos nos.
Franz fazia um tempão que não passava por aqui. Ando afastada do grupo por excesso de compromisso mas sempre que posso, visito os blogs. Quanto a escrita, também fui fisgada por ela. Tanto que desde o ano passado estou fazendo uma pós em Prática em Criação Literária e estou amando. Sempre gostei de escrever, mas agora estou aprendendo a escrever conhecendo as diversas técnicas. Um aprendizado e tanto.
Abraço,
Oi, Roseli, que bom tê-la de volta à essa rua. Olha, se puder me mandar uma cópia do material sobre as técnicas de escrita, eu ficaria muito agradecido.
Um abraço e sucesso nas letras.
Franz
Oi Franz,
Infelizmente não tenho material das técnicas de escrita pois as aulas são pura prática da escrita com orientações dos professores. Mas tenho alguns títulos de livros muito bons que falam a respeito:
Oficina de escritores de Stephen Koch. Editora Martins Fontes
Escrevendo com a alma, de Natalie Goldberg. Editora Martins Fontes.
Para ser escritor, de Charles Kiefer. Editora Leya.
Esses livros eu já os tenho e valem a pena serem consultados sempre. Espero que tenha ajudado.
Abraço,
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