Essa postagem faz parte da blogagem coletiva "Uma Carta de Amor" proposta pelo blog "Vou de Coletivo" para este mes de agosto.
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NESTAS MAL TRAÇADAS LINHAS... UMA CARTA DE AMOR
"Escrevo-te estas mal traçadas linhas, meu amor..." Assim começa a canção "A Carta", de Erasmo Carlos, e era assim que eu começava as minhas poucas cartas de amor, nos idos de 1970. Era o tempo do ginásio, e como era um cabra tímido pra danar, usava cartas e bilhetes para me declarar às meninas. Cheguei até a comprar um livro que ensinava a escrever cartas de amor. Um dia emprestei-o para um colega da escola e ele nunca mais retornou para mim...
Hoje não escrevo mais cartas, muito menos as de amor. Não do modo tradicional, aquele com tinta, papel e envelope (e muitas vezes com carteiro também). Hoje, temos a Internet e o e-mail. E tudo se tornou tão fácil!...
Mas que aqueles que gostam de escrever cartas estão desaparecendo, isso estão! Nem em ocasiões como Natal, Dia dos Namorados, Bodas etc, a gente escreve mais para o outro. Mandamos pela Internet um cartão virtual ou, quando muito, compramos um cartão igual a outos milhares, com as mesmas imagens, cores e frases, e nele escrevemos apenas nosso nome. Foi-se o romantismo nessa sociedade capitalista e dependente da informática? Não, não acabou o romantismo, acabou a originalidade.
Mas, com certeza, ainda devem existir os que gostam de rabiscar numa folha de papel suas frases de amor, gostam de escolher o papel com o cuidado com que escolhem a roupa do primeiro encontro e expremem seus sentimentos de ternura na tinta com que escrevem suas mal traçadas linhas. Geralmente são pessoas que não usam o computador, não conhecem a Internet.
Eu desconheço quem ainda escreva cartas, inclusive de amor. A última pessoa que me escrevia cartas foi Dona Margarida, minha mãe, que nunca usou um computador. Todas as cartas que recebi dela eram de amor (carta de mãe é sempre uma carta de amor, não é?), e ela sempre começava assim: "Frankoto, querido!". Mas ela se foi em 2006...
4 comentários:
Concordo, não foi o romantismo que acabou mas a originalidade.
Essa sua carta, retrata com muita simpatia as maneiras de se demonstrar o amor.
Um abraço,
Ana Lúcia.
PS: Também estou no Coletivo, se quiser tomar um café, bater um papinho e ler a minha carta, ficarei feliz.
Divagando sobre as cartas, a internet, os e-mail, oa cartões prontos, etc acabou chegando na sua saudade, no amor pela mãe. E se as cartas da mãe sempre eram cartas de amor, esta carta aqui é uma cartade amor e saudade dela.
Gostei muito.
abraços
Aliás, a originalidade acabou faz tempo (rsrs).
Passando para conhecer seu interessante espaço e desejar uma linda semaninha e muita paz seu lar.
Smack!
Edimar Suely
jesusminharocha2.zip.net
Ana Porto, Angela e Edimar, muito grato pela visita. Vou retribuir logo. Volte sempre. Abraços amazonicos,
Franz
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