terça-feira, 4 de agosto de 2009

NESTAS MAL TRAÇADAS LINHAS...

Essa postagem faz parte da blogagem coletiva "Uma Carta de Amor" proposta pelo blog "Vou de Coletivo" para este mes de agosto.
..........................................................................................
NESTAS MAL TRAÇADAS LINHAS... UMA CARTA DE AMOR

"Escrevo-te estas mal traçadas linhas, meu amor..." Assim começa a canção "A Carta", de Erasmo Carlos, e era assim que eu começava as minhas poucas cartas de amor, nos idos de 1970. Era o tempo do ginásio, e como era um cabra tímido pra danar, usava cartas e bilhetes para me declarar às meninas. Cheguei até a comprar um livro que ensinava a escrever cartas de amor. Um dia emprestei-o para um colega da escola e ele nunca mais retornou para mim...

Hoje não escrevo mais cartas, muito menos as de amor. Não do modo tradicional, aquele com tinta, papel e envelope (e muitas vezes com carteiro também). Hoje, temos a Internet e o e-mail. E tudo se tornou tão fácil!...

Mas que aqueles que gostam de escrever cartas estão desaparecendo, isso estão! Nem em ocasiões como Natal, Dia dos Namorados, Bodas etc, a gente escreve mais para o outro. Mandamos pela Internet um cartão virtual ou, quando muito, compramos um cartão igual a outos milhares, com as mesmas imagens, cores e frases, e nele escrevemos apenas nosso nome. Foi-se o romantismo nessa sociedade capitalista e dependente da informática? Não, não acabou o romantismo, acabou a originalidade.

Mas, com certeza, ainda devem existir os que gostam de rabiscar numa folha de papel suas frases de amor, gostam de escolher o papel com o cuidado com que escolhem a roupa do primeiro encontro e expremem seus sentimentos de ternura na tinta com que escrevem suas mal traçadas linhas. Geralmente são pessoas que não usam o computador, não conhecem a Internet.

Eu desconheço quem ainda escreva cartas, inclusive de amor. A última pessoa que me escrevia cartas foi Dona Margarida, minha mãe, que nunca usou um computador. Todas as cartas que recebi dela eram de amor (carta de mãe é sempre uma carta de amor, não é?), e ela sempre começava assim: "Frankoto, querido!". Mas ela se foi em 2006...

4 comentários:

Anônimo disse...

Concordo, não foi o romantismo que acabou mas a originalidade.
Essa sua carta, retrata com muita simpatia as maneiras de se demonstrar o amor.
Um abraço,
Ana Lúcia.
PS: Também estou no Coletivo, se quiser tomar um café, bater um papinho e ler a minha carta, ficarei feliz.

angela disse...

Divagando sobre as cartas, a internet, os e-mail, oa cartões prontos, etc acabou chegando na sua saudade, no amor pela mãe. E se as cartas da mãe sempre eram cartas de amor, esta carta aqui é uma cartade amor e saudade dela.
Gostei muito.
abraços

Edimar Suely disse...

Aliás, a originalidade acabou faz tempo (rsrs).

Passando para conhecer seu interessante espaço e desejar uma linda semaninha e muita paz seu lar.

Smack!

Edimar Suely
jesusminharocha2.zip.net

esteblogminharua disse...

Ana Porto, Angela e Edimar, muito grato pela visita. Vou retribuir logo. Volte sempre. Abraços amazonicos,
Franz

No TOP BLOG 2011 ficamos entre os 100 melhores da categoria. Pode ser pouco para uns, mas para mim é motivo de orgulho e satisfação.
Sou muito grato a todos que passaram por essa rua que é meu blog e deram seu voto. Cord ad Cord Loquir Tum

Powered By Blogger
Petição por uma Internet Democrática