Você sabe o que é um baobá? Eu e Leca, pelo menos, só o conhecíamos através do Pequeno Príncipe, o livro de Saint-Exupéry. Por sinal, no livro os baobás são apresentados como uma ameaça, um perigo terrível e assustador. Aliás, a primeira vez que li sobre ele e vi um desenho seu foi na página 25 deste livrinho. Eu já era um adolescente, mas fiquei tremendamente impressionado.
Imagine, então, nossa surpresa quando topamos com um verdadeiro baobá a poucos quilometros de Natal, no Rio Grande do Norte. Foi assim:
Saímos de Ponta Negra, em Natal, pela Rota do Sol e fomos em direção ao litoral Sul. Nosso destino: a Praia de Pipa, em Timbau do Sul. No caminho passamos por diversas praias, cada uma mais bonita que a outra, como por exemplo as Praias do Cotovelo, de Pirangi - onde mais uma vez fui admirar o maior cajueiro do mundo - e de Búzios.
Mas foi no município de Nísia Floresta que, de repente, topamos com o danado do Baobá, ao lado da Pizaria Baobá. Seu nome científico é Adansonia Digitata , seu tronco pode atingir 20 metros de diâmetro e sua idade pode chegar aos surpreendentes 6 milênios!!...
O Baobá é uma das árvores mais antigas da terra. No Brasil existem apenas 20 espécimes. 16 em Pernambuco, 3 no Rio Grande do Norte, 1 no Ceará e 1 no Rio de Janeiro.
Segundo dizem, foi no Rio Grande do Norte que Saint-Exupéry pousou seu avião e, tal como nós, viu pela primeira vez um baobá. Ficou tão impresionado que fez dele um dos personagens de seu mais famoso livro e um dos piores temores do Pequeno Príncipe.
Ele pode, até, ser capaz de observar a estupidez do homem tornar esse planeta um ambiente impróprio para a vida humana ou, ao contrário, vê-lo superar sua própria e natural tendência à destruição.
No livro, o Pequeno Príncipe teme que as sementes adormecidas no solo de seu planetinha, se transformem em árvores robustas e acabem por destruir o planeta. Mas esse baobá me fez temer a semente má do homem, espalhada pelo planeta Terra.
2 comentários:
Caro Franz
Como vai? Ando meio sumido, mas aqui estou...
Realmente o baobá impressiona. Aqui no Rio de Janeiro, se eu não me engano, uma dessas árvores fica nas matas do Pico da Pedra Branca, entre os bairros de Bangú e Jacarepaguá. Quem me disse foi o meu grande professor já falecido Carlos Manes Bandeira, um grande especialista em botânica e espeleologia e profundo conhecedor daquela região e da serra do Mendanha. Graças as pesquisas que fazia quando trabalhava no Ministério da Agricultura, isso lá pela década de 1980.
Abraços, aqui deste Rio de Janeiro chuvoso e frio.
Franz,
Somente aqui no nordeste do Brasil encontramos estas maravilhas de extremos - secas, enchentes, baobás...
Lamentável é que as espécies exóticas são mais valorizadas que as nativas, principalmente no paisagismo.
Também sou apaixonada pelo 'Pequeno Príncipe'.
Abraços nordestinos!
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