O título dessa postagem pode parecer estranho e absurdo, mas é verdadeiro, garanto a vocês. Surgiu assim:
Aqui no NIED estamos realizando o curso de Introdução à Educação Digital (40h), do MEC/SEED- Proinfo Integrado, e hoje começamos a trabalhar no BrOffice.org Impress. Então, após as explicações iniciais e visita ao site Slideshare, solicitei que a turma escolhesse um tema a partir de um conteúdo ministrado em sala de aula e criasse uma apresentação. Observei que o professor José escolheu como tema PULGAS. Fiquei curioso e fui saber porque. Eis o que ele me contou:
Desde segunda-feira passada, dia 17, uma infestação de pulgas fez com que as aulas fossem suspensas na Unidade Pedagógica do Faveira- anexo da Escola Bosque, onde ele trabalha.
A UP do Faveira está localizada na Ilha de Cotijuba, distante cerca de 45 minutos de barco do Distrito de Icoaraci, que por sua vez está a cerca de 20 Km da capital, foi atacada por pulgas (veja algumas imagens dessa travessia e da UP do Faveira AQUI).
Disse-me o José que bastava abrir a mão que uma pulguinha já pulava na palma. Os professores tentaram trabalhar, mas era uma agonia: as pulgas passeavam pela pele das pessoas, entravam pelas roupas, meias, cabelos. Alguns professores e professoras ficaram preocupados em levar algumas pulgas para casa e passaram a viajem de volta no barco catando pulgas pelo corpo.
No dia seguinte a equipe tentou retomar as aulas, mas as bichinhas danadas ainda estavam lá, e a turma foi se reunir no barracão da igreja para traçar uma estratégia de combate. Uma empresa de Belém foi contactada para fazer a dedetização, mas a distância e localização dificultou o atendimento. Contudo, desde ontem, quinta-feira, a escola está sendo "despulgarizada" (?!). A empresa está trabalhando nesses dois dias para erradicar essa praga das dependências da escola. Espera-se que na segunda-feira, dia 24, as aulas retornem à sua normalidade e ninguém seja chamado de "pulguento".
Confira abaixo a apresentação criada pelo professor José.
pulgas
5 comentários:
Vai ver que elas estavam procurando os nossos políticos fichas sujas e acabaram encontrando por engano os pobres coitados dos professores e alunos. Como sofre a Educação!
Oi, Adinalzir. Rapaz, esse fenômeno "pulgatório" é devido, entre outras coisas aos problemas ambientais, a quantidade de cães e outros bichos soltos pela ilha. E acho que não tem nada a ver com falta de cuidado da gestão da escola (limpesa e outras coisas semelhantes).
Mas acho muito importante que o professor José tenha aproveitado o caso para elaborar um trabalho pedagógico e possa discutir com seus alunos. É assim que deve agir todo educador que se preze: trazer a questão que afeta a comunidade para a sala de aula, tentar esclarecer os estudanttes das causas e consequências etc.
Dou meus parabéns ao profº José, por sua sensibilidade e criticidade diante da invasão das pulgas no cotidiano escolar.Fazer de um momento crítico, talvez desagradável, uma forma de contextualizar o conhecimento,mostra que o maior ou principal recurso de aprendizagem é o humano.
Concordo com vc. Wany. Essa atitude, além de inteligente reflete o verdadeiro educador.
Estamos aprendendo no NIED/SEMEC a trabalhar com a tecnologia e a Educação Digital. Estou adorando este aprendizado e principalmente saber da abrangência com que o conhecimento pode ser debatido de forma virtual e dinâmica. Um abraço a todos os que estão comentando sobre o trabalho das p-u-l-g-a-s.
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