É cada vez mais vergonhoso para a nação brasileira o comportamento de seus parlamentares. Um exemplo recente deu-se ontem na Câmara dos Deputados.
Em votação SECRETA (sim, secreta!), como soe acontecer sempre que os nossos dignos deputados querem esconder a cara quando o corporativismo os conclama, foi rejeitado o pedido de cassação do mandato da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) feito pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
Em 2006 Jaqueline foi flagrada recebendo um bolo de dinheiro de Durval Barbosa, no rumoroso caso do mensalão do DEM. Em sua defesa alegou que não poderia ser julgada por isso porque foi algo que ela fez antes de ser deputada. Quer dizer que, se um cabra cometer delitos, quaisquer que sejam, e virar deputado ele pode charlar e flanar entre os probos e íntegros exatamente como se fora um igual?
Para o Conselho de Ética da Câmara parece que sim, pois um "Fato praticado fora do exercício do mandato parlamentar não tem o poder de configurar ato atentatório à ética e ao decoro parlamentar". Essa decisão respaldou o advogado da deputada, José Eduardo Alckmin, e justificou a decisão da plenária.
O cinismo impera e o mau exemplo se alastra, se espraia e é sustentado exatamente por aqueles que deveria combatê-lo.
Pobre, pobre povo; tolo povo. Povo idiota, que crê e vota. Que vota cego, e desmemoriado. Povo burro, porquanto prefere ter o joio ao trigo.
Crédito da imagem: http://g1.globo.com
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