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A DIFERENÇA ENTRE O GIRAR, O CLICAR E O DESLIZAR
Antigamente, poucas coisas fazíamos funcionar usando apenas um dedo ou dois: apertar o botão da campainha ou o botão de chamar o elevador é um bom exemplo. Também podemos incluir aí fazer funcionar o gravador de rolo ou de fita K-7, “tirar“ uma foto ou discar um número de telefone. Isso sem falar do trabalhoso ato de escrever com as velhas Olivetti ou Remington (coisa que algumas pessoas conseguiam fazer usando apenas e tão somente dois dedos). Ah, e com um dedo também se pedia silêncio! Mas isso, quase sempre, era acompanhado de um sonoro Psssssssiiiu!!...
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Do binário ao quântico
Antigamente as leis da física newtoniana estabeleciam a verdade do sistema, e o pensamento considerava a matéria dimensionada, definida como uma partícula. No passado o pensamento cartesiano era o modelo para o método científico. Então veio a nova física e nos apresentou o estado quântico, onde a realidade não é mais uma via com uma direção e dois sentidos, como uma estrada de duas mãos, mas de infinitas possibilidades. A realidade atual exige que nosso cérebro construa ou compreenda inter-relações que antes não existiam, abandonando a certeza em detrimento das possibilidades. Deve deixar de se comportar como partícula para ser como onda.
A sociedade digital em botão
A modernidade começa com a hegemonia ou onipresença dos botões, coisa que, como se sabe, aconteceu no século XX com o advento do capitalismo e a exaltação ao consumismo. Também já vimos que é cada vez maior o número de usuários da telefonia celular; isso sem falar do crescimento das vendas de computador pessoal (desktop, notebook, laptop, tablet, ultrabook). E não esqueçamos da TV, presente em 95,1% dos domicílios brasileiros e dos aparelhos de som e vídeo, dos micro system e consoles de videogames.
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O girar, o clicar e o deslizar
Nessa perspectiva é possível dizer que a tecnologia do século passado era linear e polarizada, isto é, a ação do sujeito sobre os objetos tecnológicos obedecia a uma sequência lógica, e acontecia invariavelmente entre dois polos. Por exemplo, os aparelhos tecnológicos do passado que usavam energia elétrica funcionavam com relés, disjuntores, chaves, válvulas e potenciômetros. Concorda que tais dispositivos, pelo que acabamos de expor, podem ser considerados binários? Então, tomemos como ilustração uma ação simples do cotidiano da maioria da população mundial: ligar o rádio. A gente ligava o aparelho girando um botão até ouvir um “clic” (como pode ver, já tínhamos o clicar naquela época), que indicava o estado de ligado/desligado.
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