Ontem foi o aniversário do Mercado do Ver-o-Peso, o cartão postal de Belém, escolhido como uma das maravilhas do Brasil. A origem do Ver-o-Peso: em 21 de março de 1688 (século XVII) os portugueses resolveram estabelecer um rígido controle alfandegário na Amazônia, e criaram um posto de fiscalização e tributos - a casa do Haver-o-Peso. Nela, um funcionário público mediavam as transações comerciais da época usando uma balança.Os tempos passaram e a feira, onde se vende e compra de tudo, continua sendo o mais bonito cartão postal de Belém. Em homenagem aos 381 anos do Ver-o-Peso, convido você a fazer um pequeno passeio de barco pela orla da cidade. Belém, eu te quero bem! (As fotos foram feitas pela Carol Lehm, que hoje mora em Barcelona)
sexta-feira, 28 de março de 2008
Aniversário do Ver-o-Peso
quinta-feira, 27 de março de 2008
Sob o 4º Poder
Li o texto do Marcelo Freixo sugerido pela Cleodana Souza, companheira do grupo Blogs_Educativos. Freixo tem 40 anos,é educador em Niterói-RJ, ex-militante do PT e deputado estadual (PSOL-RJ) e concedeu esta entrevista ao Fazendo Media. Que você pode conferir no link ao lado.
O texto é excelente, principalmente para trabalharmos o poder da mídia, que chamam de "o 4º Poder" (há, inclusive, um filme do Costa Gravas se não me engano, com esse título), mas que para muitos já é o primeiro poder. E, na linha do post anterior, me peguei refletindo: como lutar contra esse status quo? Como combater a influência maléfica da mídia, que determina nossos gostos e paixões?
Sinceramente, não sei. Acho que no mundo contemporâneo não temos chance, pois para enfrentá-la, necessariamente fazemos uso dela. É combater fogo com fogo! Ou seja, o atacante alimenta o atacado ao atacar. Irônico, né? Penso que é tolice enfrentar o 4° Poder, mas se não posso vencer, por outro lado não significa que devo me render e, com perdão da analogia, arriar as calcas pra ele. O que faco, então?
Well, primeiro devo querer buscar a verdade. Isso não é tarefa fácil, pois sob o manto da moral e da ética tendemos a esconder nossas verdadeiras intenções, a disfarçar muito o outro ser que habita em nosso interior. Logo, dificilmente mostramo-nos como verdadeiramente somos. Evidentemente que estou falando do que chamamos Ego. Ah! Você não concorda? Tudo bem, mas seria capaz de afirmar que nunca agiu de forma preconceituosa ou injusta com alguém? Que não usou de algum tipo de violência desnecessária nalgum instante? Então, pode atirar a primeira pedra.
Querer a verdade não é ser verdadeiro, mas é estar no caminho. Ham? estou indo pelo caminho do misticismo? Desculpe.
Bem, e como identificar a verdade, se o indivíduo não desenvolveu eficientes processos metacognitivos, mecanismos de reflexão (análise, seleção e depuração) sobre a informação que recebe dos meios de comunicação? Isso é quase uma impossibilidade aristotélica. Veja-se o exemplo da jornalista Salete Lemos, âncora do Jornal da Cultura que ao vivo, durante o telejornal, mostrou o real papel dos repórteres: falou a verdade sobre a política econômica do governo e o protecionismo aos bancos privados (veja aqui o vídeo). Ela foi demitida.
Como diria Boris Casoy: Isso e' uma vergonha!
Por outro lado, como uma sociedade onde se compra/vende abertamente CDs e DVD piratas ou pagam ao guarda de trânsito para lhes retirar a multa recebida por alguma infração (pra falar do mínimo que quase todos fazemos, gente!) pode querer mudar sua realidade, reclamar de seus bandidos e de sua polícia?
Temos milhões de indivíduos que preferem um programa idiotizante feito o BBB, onde tudo que é exibido é manipulado (sei que não acontece apenas no Brasil, note bem, mas falemos dele, Ok?) e que os transforma em puros e escrachados vouyers, denominados telespectadores, os quais deixam milhões de reais nos cofres da emissora a cada semana, APENAS pra ouvir as 'pérolas intelectuais' que os participantes do BBB dizem entre si; ou perdem tempo olhando suas tolices (conheço uma pessoa que acorda de madrugada para ficar olhando os participantes do BBB pelo canal a cabo. E muitas das vezes eles estão dormindo e ela ali, olhando-os!!...), ou pior ainda, pagam para apontar aquele participante que querem que ganhe o prêmio de 1 milhão de reais (??!!!). Ja' pensaram nisso? O sujeito liga pra dizer quem ele quer que ganhe 1 milhão. E paga pra isso!!!! Como, então, lutar contra o 4º Poder e mudar para uma sociedade mais justa?
Acredito que ao propor que os alunos construam blogs e podcast na escola, e alimentem com suas próprias produções, podemos contribuir para ampliar sua cosmovisão e com isso desenvolver uma leitura mais reflexiva sobre as informações que recebem e/ou divulgam.
O texto sugerido pela Cleo me fez pensar tudo isso. Muito obrigado. PS: Mifo de verde, amarelo, azul e branco, mas não me rendo (Heheeee....)!
O texto é excelente, principalmente para trabalharmos o poder da mídia, que chamam de "o 4º Poder" (há, inclusive, um filme do Costa Gravas se não me engano, com esse título), mas que para muitos já é o primeiro poder. E, na linha do post anterior, me peguei refletindo: como lutar contra esse status quo? Como combater a influência maléfica da mídia, que determina nossos gostos e paixões?
Sinceramente, não sei. Acho que no mundo contemporâneo não temos chance, pois para enfrentá-la, necessariamente fazemos uso dela. É combater fogo com fogo! Ou seja, o atacante alimenta o atacado ao atacar. Irônico, né? Penso que é tolice enfrentar o 4° Poder, mas se não posso vencer, por outro lado não significa que devo me render e, com perdão da analogia, arriar as calcas pra ele. O que faco, então?
Well, primeiro devo querer buscar a verdade. Isso não é tarefa fácil, pois sob o manto da moral e da ética tendemos a esconder nossas verdadeiras intenções, a disfarçar muito o outro ser que habita em nosso interior. Logo, dificilmente mostramo-nos como verdadeiramente somos. Evidentemente que estou falando do que chamamos Ego. Ah! Você não concorda? Tudo bem, mas seria capaz de afirmar que nunca agiu de forma preconceituosa ou injusta com alguém? Que não usou de algum tipo de violência desnecessária nalgum instante? Então, pode atirar a primeira pedra.
Querer a verdade não é ser verdadeiro, mas é estar no caminho. Ham? estou indo pelo caminho do misticismo? Desculpe.
Bem, e como identificar a verdade, se o indivíduo não desenvolveu eficientes processos metacognitivos, mecanismos de reflexão (análise, seleção e depuração) sobre a informação que recebe dos meios de comunicação? Isso é quase uma impossibilidade aristotélica. Veja-se o exemplo da jornalista Salete Lemos, âncora do Jornal da Cultura que ao vivo, durante o telejornal, mostrou o real papel dos repórteres: falou a verdade sobre a política econômica do governo e o protecionismo aos bancos privados (veja aqui o vídeo). Ela foi demitida.
Como diria Boris Casoy: Isso e' uma vergonha!
Por outro lado, como uma sociedade onde se compra/vende abertamente CDs e DVD piratas ou pagam ao guarda de trânsito para lhes retirar a multa recebida por alguma infração (pra falar do mínimo que quase todos fazemos, gente!) pode querer mudar sua realidade, reclamar de seus bandidos e de sua polícia?
Temos milhões de indivíduos que preferem um programa idiotizante feito o BBB, onde tudo que é exibido é manipulado (sei que não acontece apenas no Brasil, note bem, mas falemos dele, Ok?) e que os transforma em puros e escrachados vouyers, denominados telespectadores, os quais deixam milhões de reais nos cofres da emissora a cada semana, APENAS pra ouvir as 'pérolas intelectuais' que os participantes do BBB dizem entre si; ou perdem tempo olhando suas tolices (conheço uma pessoa que acorda de madrugada para ficar olhando os participantes do BBB pelo canal a cabo. E muitas das vezes eles estão dormindo e ela ali, olhando-os!!...), ou pior ainda, pagam para apontar aquele participante que querem que ganhe o prêmio de 1 milhão de reais (??!!!). Ja' pensaram nisso? O sujeito liga pra dizer quem ele quer que ganhe 1 milhão. E paga pra isso!!!! Como, então, lutar contra o 4º Poder e mudar para uma sociedade mais justa?
Acredito que ao propor que os alunos construam blogs e podcast na escola, e alimentem com suas próprias produções, podemos contribuir para ampliar sua cosmovisão e com isso desenvolver uma leitura mais reflexiva sobre as informações que recebem e/ou divulgam.
O texto sugerido pela Cleo me fez pensar tudo isso. Muito obrigado. PS: Mifo de verde, amarelo, azul e branco, mas não me rendo (Heheeee....)!
terça-feira, 25 de março de 2008
Ler é mais importante que estudar!
Lendo as msgs na lista do Grupo Blogs Educativos sobre uma discussão que estamos travando a respeito de leitura e ensino, me veio à lembrança uma campanha que o Ziraldo desencadeou há alguns anos (acho que fins da década de 1980), quando ele dizia que "Ler é mais importante que estudar".*E hoje tive que comprar um óculos de leitura, na farmácia, só para quebrar o galho e terminar um bendito trabalho. Agora estou aqui, com a cara quase colada no monitor, cheirando a tela, piscando e parando pra descansar a vista a todo instante.
A primeira vista pode parecer estranho. Como a leitura pode ser mais importante para o aluno que o estudo?
Para muitos, ler pode ser apenas o simples ato de juntar, traduzir e entender os signos linguísticos etc, enquanto estudar pode representar algo mais significativo e complexo, como umamaneira ou forma de adquirir/construir conhecimento pela aplicação da atenção e de habilidades cognitivas e metacognitivas. Mas, se estudar é assim taõ importante, porque ler é mais? Porque tudo advém da leitura, e se vc. nao lê torna-se quase um inútil no mundo pós-moderno! Ziraldo estava certo; redondamente, hiperbolicamente, quadradamente e triangularmente certo.
A propósito de que tudo isso? Porque ontem a noite, por descuido, quebrei meus óculos. Justamente quando ia continuar a leitura do livro sobre a vida de Einstein, que ganhei da minha filha... Até pra ver um pouco de TV foi desagrádavel. Minha realidade já não é a mesma de quem não usa óculos ou de quando eu não usava esta muleta (os óculos). Convivemos no mesmo espaço e tempo, mas não na mesma realidade (Prigogine já dizia que nossa realidade não é a mesma de nossos avós, e digo que nem de nossos pais).
Não poder ler é um martírio! Eu, que sou daltônico, tenho alguma dificuldade para perceber certos matizes, mas sem óculos me vejo (Heheheee, saiu sem querer!) desamparado e quase frustrado. Não posso enxergar as minúcias das coisas circundantes, as riqueza dos detalhes que só podemos perceber de perto. De longe ainda dá, tanto que, mesmo sem os óculos dirijo sem problemas. Mas olhar as coisas a distância não é o mesmo que vê-las a 1 palmo do nariz, né? De longe tudo fica igual: um inseto, um homem, uma casa, um planeta... de longe tudo vira um ponto!
Acho que para quem não lê, é assim que o mundo se mostra, sem nitidez, sem detalhes. Sem ler é como andar pelo mundo vendo as coisas fora de foco, vendo contornos imprecisos, vultos no lugar de corpos, sombras onde queremos claridade. Sem óculos não sei distinguir se o olho que me olha ri ou chora, cala ou me agride.
Precisamos de leitura como um explorador necessita de óculos de alcance (como se dizia antigamente para as lunetas e binóculos). Mais, precisamos de telescópios. Meu reino por um telescópio! Dá-me um Hublle, por Deus!
terça-feira, 18 de março de 2008
Nova biografia de Einstein
Ontem ganhei de minha filha Madaya, o livro "Einstein - sua vida, seu universo", de Walter Iaacson (Cia.das Letras, 2007. 675p).Para quem gosta de ler biografias, é um deleite. Ainda que haja tantos livros sobre o Pai da Relatividade, o que o diferencia dos outros é que ele se propõe a ser a mais completa biografia de um dos maiores ícones do sec.XX. Traz, inclusive, suas correspondências mais íntimas, expondo assim os segredos e relacionamentos amorosos do grande gênio da Física. Ah! Você pensava que os físicos teóricos, esses sujeitos malucos, não se ligavam em sexo e romance? Há, inclusive uma história que Einstein, para explicar a relatividade, fez a seguinte analogia: "Quando se segura uma bela mulher nos braços, 1 hora parece 5 minutos, mas se segurar uma panela quente por 5 minutos, parecerá que foi por 1 hora". É mais ou menos isso.
Já pensou ser capaz de penetrar na mente de Einstein, conhecer seus quereres, saber como pensava, como formulava suas idéias?... É essa a expectativa que assalta o leitor desta obra rica, que só de notas e comentários tem 100 páginas (começam na página 575). Ainda que o mote da obra seja sobre uma mente brilhante e seus frutos, o livro trata do homem sensível, rebelde e bem humorado que foi Einstein, oferecendo uma leitura empolgante, consumidora, digestiva. É o tipo de leitura envolvente, que prende o leitor. Até me fez lembrar um conto meu chamado "O Livro que Suga", que qualquer dia publicarei aqui. Li-o durante 4 horas seguidas, somente parando porque precisava dormir. Estou com ele aqui ao meu lado, me espiando trabalhar e eu olhando pra ele de soslaio. Espero o momento de retornar à sua leitura.
Ah! Para ilustrar este pequeno texto escolhi um retrato da minha filha Madaya, pois além de deixar este espaço mais interessante e bonito, o de Eistein todos já conhecem, não é?.
Já pensou ser capaz de penetrar na mente de Einstein, conhecer seus quereres, saber como pensava, como formulava suas idéias?... É essa a expectativa que assalta o leitor desta obra rica, que só de notas e comentários tem 100 páginas (começam na página 575). Ainda que o mote da obra seja sobre uma mente brilhante e seus frutos, o livro trata do homem sensível, rebelde e bem humorado que foi Einstein, oferecendo uma leitura empolgante, consumidora, digestiva. É o tipo de leitura envolvente, que prende o leitor. Até me fez lembrar um conto meu chamado "O Livro que Suga", que qualquer dia publicarei aqui. Li-o durante 4 horas seguidas, somente parando porque precisava dormir. Estou com ele aqui ao meu lado, me espiando trabalhar e eu olhando pra ele de soslaio. Espero o momento de retornar à sua leitura.
Ah! Para ilustrar este pequeno texto escolhi um retrato da minha filha Madaya, pois além de deixar este espaço mais interessante e bonito, o de Eistein todos já conhecem, não é?.

quinta-feira, 13 de março de 2008
Sobre Bruxos&Trouxas da Tecnologia
Muito do que é ciência hoje foi considerado magia no passado, e muitos bruxos e magos de ontem são os cientistas da atualidade. Nessa perspectiva particular, a Conferência de Tecnologias Emergentes da O’Reilly Media (empresa norte-americana criadora do conceito de WEB 2.0, conforme expressa Tim O'Reilly), teve como tema a “Magia”, tanto que adotou como slogan a frase do escritor Arthur C. Clarke: “Any sufficiently advanced technology is indistinguishable from magic.”
Pois bem, penso que a tecnologia da Informática e a Web parecem ter criado dois universos ou mundos que convivem sincronicamente, mas cujos indivíduos de um se distinguem por adotar comportamentos e referenciais distintos e não-perceptíveis para os cidadãos do outro. Com isso podemos traçar uma analogia com os dois mundos das histórias de bruxinho Harry Potter, com os Bruxos e os Trouxas. Mas o que tem a ver a Conferencia da O’Reilly e Harry Potter?
Bem, essa relação foi apresentada pela pesquisadora Danah Boyd durante a conferência de 2007. Sua palestra foi intitulada: Incantations for Muggles: The Role of Ubiquitous Web 2.0 Technologies in Everyday Life". Seu interesse é estudar como esses jovens formulam apresentações de si mesmo e como socializam-se em contexto midiático de rede informal de aprendizagem. No evento ela fala sobre o comportamento dos jovens que vivem em comunidades virtuais, como o Orkut. É uma leitura muito interessante e recomendo. Confira em http://www.danah.org/papers/Etech2007.html
sexta-feira, 7 de março de 2008
Computadores na Educação e as bactérias resistentes
Hoje li, no site do MEC/SEED a seguinte notícia:
“O Ministério da Educação dará início, a partir de abril, a um amplo programa de formação de professores e gestores da rede pública de ensino para utilização de tecnologias da informação em sala de aula. Com base na demanda já sinalizada pelos estados, a meta do Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (Proinfo Integrado) é atingir 100 mil professores e gestores somente este ano. (...)
Segundo o secretário de Educação a Distância, Carlos Eduardo Bielschowsky, o programa integra um conjunto de ações voltadas para a dinamização da sala de aula. “Para garantir essa melhoria, é necessário ir além da distribuição de laboratórios de informática, oferecendo cursos aos professores e também conteúdo pedagógico adequado”, explica.”
Excelente! Tudo que vier para melhorar a educação pública neste país deve ser comemorado com fogos e festa, mesmo que sejam continuações. Porém, não basta distribuir laboratórios e computadores pelas escolas, ofertar conteúdos pedagógicos e cursos de formação para professores. Se fosse assim, nestes 10 anos de ProInfo e quase 20 de informática aplicada à educação pública nacional (veja-se o Projeto Educom e Proninfe, de 1989) já deveríamos vislumbrar alguma melhoria no desempenho dos alunos e professores.
Como multiplicador do ProInfo a mais de 10 anos e atuando no Núcleo de Informática Educativa-NTE de Belém-PA, tenho participado de diversos cursos de formação, desenvolvido pesquisas e projetos que visam integrar os computadores a práxis pedagógica dos professores, e posso garantir: há algo nesse processo que o Secretário Bielschowsky esqueceu de mencionar ou que desconhece. Há algo errado ou faltando para “garantir essa melhoria” que ele afirma, mas... O QUE?!
Antes de prosseguir, caro leitor, gostaria que refletisse um pouco sobre essa pergunta e tentasse respondê-la. E, para ajudar na sua reflexão, vou apresentar as minhas, tomando por exemplo o ProInfo no estado do Pará, pois desconheço a situação em outros estados, porém não parece estar muito diferente da nossa.
O Pará é um dos pioneiros em informática na educação, tendo iniciado em 1989. Em 1997 formou-se a primeira turma de professores com especialização em Informática Educativa (multiplicadores) do ProInfo e implantou-se 9 NTE no estado (sendo 2 na capital, um da esfera estadual e outro da municipal, conhecido por NIED). O NTE cuida de desenvolver pesquisas, formação, acompanhamento e assessoramento pedagógico aos professores lotados nas salas de informática (ou LIED) das várias escolas estaduais.
Somente para o NTE de Belém cabem, atualmente, cerca de 110 escolas com laboratórios (do ProInfo, Alvorada e Promed), porém apenas 38 desses laboratórios possuem professores lotados, totalizando quase 80 professores (em todo o estado temos cerca de 180 professores lotados em LIED). Por outro lado, a 5ª fase do ProInfo entregou computadores que, em muitos casos, permanecem encaixotados a mais de um ano! Possivelmente perderam a garantia. E os laboratórios que estão montados permanecem fechados por falta de professores.
Em outras escolas temos diversos problemas que impedem a ação pedagógica nos laboratórios de Informática, a saber: roubos de computadores (em alguns casos TODOS os equipamentos foram roubados), roubo da fiação externa (cabos, rede elétrica e telefônica), dificuldades com a rede elétrica, máquinas sucateadas, diversidade de sistemas operacionais (Win 98, XP e Linux num mesmo espaço), resistência de alguns professores ao uso das TIC em sua prática educativa (em minha dissertação trato disso) etc.
Em relação aos cursos de Formação de Professores para lidar com a Informática, em 2003 o NTE de Belém realizou dois (02) cursos e outras ações menores, e em 2007 realizou seis (06) cursos, atendendo cerca de 300 professores. Note-se que há um hiato entre 2003 e 2007. Isso se deu por conta da política implantada nestes anos, que obrigou os professores lotados nos LIED e nos NTE a retornarem às salas de aula (como se o laboratório de informática da escola não fossem uma sala de aula; diferente da sala tradicional mas salas de aula). Essa visão política vesga ou caolha trouxe muitos prejuízos, os quais até hoje sentimos. Mas como disse um amigo multiplicador: “Somos bactérias resistentes”. E precisamos ser se quisermos que as TIC promovam melhorias na educação pública no Brasil.
Agora, retomando a pergunta acima: o que falta? o que está errado? Você já tem sua resposta? Eu gostaria de conhecê-la. Poderia me dizer?
quinta-feira, 6 de março de 2008
A rica Matemática cultural do caboclo paraense

segunda-feira, 3 de março de 2008
A dois passos do Paraíso-Conto

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No TOP BLOG 2011 ficamos entre os 100 melhores da categoria. Pode ser pouco para uns, mas para mim é motivo de orgulho e satisfação.
Sou muito grato a todos que passaram por essa rua que é meu blog e deram seu voto. Cord ad Cord Loquir Tum