A CULTURA DE GUTEMBERG
A nova estrutura do pensamento começou no séc. 19 com os jornais, que exigiam novas habilidades cognitivas e perceptivas. Perdurou por mais de 400 anos, moldou a sociedade moderna e contribuiu para criar o paradigma escolar atual. O ícone da mídia impressa no papel foi o livro, mas essa mídia deve sofrer alterações.
A linguagem da Internet tem suas raízes no modelo de leitura do jornal. Embora o jornal apresente as informações numa certa linearidade, o indivíduo pode buscar a informação de forma não-linear, saltando páginas e cadernos, pulando de notícia em notícia segundo o seu interesse no momento.
CULTURA DAS MÍDIAS
São os pequenos aparelhos e equipamentos tecnológicos que estão seguindo a gente, em vez de ficarmos parado na frente deles. Eles acabaram com hegemonia da cultura de massa. Ex: os celular e o controle remoto. Com o controle remoto pôde-se mudar de canal (zapping) com rapidez, facilidade e conforto toda vez que a programação apresentada não lhe agradar. Isso, inclusive, afetou o modo de fazer publicidade na TV. E acrescenta: “Aprendemos a lidar com as redes a partir do controle remoto”.
TEMPOS MORTOS
A vida moderna está cheia de momentos em que o cidadão desperdiça seu tempo em filas, salas de espera etc. São os “tempos mortos”. E estão cada vez mais sendo ocupados pela tecnologia digital. Com essa tecnologia a aprendizagem acontece em qualquer lugar e a qualquer tempo.
LINGUAGEM LÍQUIDA
Linguagem líquida é toda informação apresentada na forma digital, que existe mas não tem a ‘solidez’ de um livro, de um CD.
IMPORTÂNCIA DA FALA
Toda a transformação sofrida pelo ser humano advém da nossa capacidade de falar. Mas a fala tem um núcleo artificial, “por isso as tecnologias mais importantes que se desenvolveram foram as da fala”.
NOVAS HABILIDADES CONGNITIVAS
A Web está desenvolvendo em nós a habilidade de fazer conexões ente coisas distintas, e o leitor passa de uma forma de leitura para outra com rapidez impressionante. “Os jovens de hoje estão adquirindo uma mobilidade mental surpreendente, e o professor não o acompanha, ficando como um dinossauro.” Essa nova linguagem exige habilidades cognitivas que o cidadão do século passado não estava habituado, não foi estimulado a construir ou não teve muitas chances de desenvolver.
TIPOS DE INTERNAUTA
E observando o comportamento dos usuários da Internet, Santaella classificou os internautas em três tipos distintos de leitores: o advinho, o indutivo e o dedutivo. O primeiro é aquele indivíduo que navega de forma adivinhatória; o segundo, o “detetive”, navega seguindo pistas em busca da informação que necessita; o último, também conhecido por “expert” ou “previdente”, é aquele capaz de prevê o resultado de suas ações na pesquisa.