sábado, 31 de março de 2012

Mais Cenas de Belém

O Clik Club, nosso clube de amigos e amantes da fotografia, chefiados pelo nosso mestre e professor Valério Silveira (do Studio 10) saiu para mais uma caminhada fotográfica pela Cidade Velha e Ver-O-Peso.
Como sempre, o encontro foi diante do Forte do Castelo, e a caminhada estendeu-se pela Praça, cais, mercado de peixe e encerrando na feira do Ver-O-Peso, com uma parada estratégica para o café da manhã  típico, com direito a tapioca na manteiga e mingau de milho ou de tapioca. Mas não vou postar aqui minhas fotos. Quem desejar vê-las pode clicar aí, na barra lateral, nas fotos do meu álbum no Flickr.
Acontece, meu amig@ caminhante dessa rua que é meu blog, que eu gosto muito de andar pelas áreas históricas e turísticas de Belém, como o Forte do Castelo, Praça do Relógio, Veroca (Ver-O-Peso, para os íntimos) etc, contudo quase sempre fico decepcionado com a sujidade, as pichações, a falta de cuidado com o patrimônio cultural e artístico-arquitetônico, e com os logradouros públicos. Ainda que o serviço de limpeza urbana estivesse lavando as calçadas do cais do Ver-O-Peso, a Praça do Relógio, por exemplo, estava que era um lixo só (fotos abaixo). Além de ter o belíssimo relógio-monumento pichado e o calçamento com buracos e capim crescendo, praticamente abandonado. 
 

Numa cidade como Belém, com muitas chuvas e alta umidade o patrimônio público, como é o caso desses locais,  logo se deteriora se não for continuamente restaurado. Mas a situação piora, de um lado - e fundamentalmente -, pela falta de educação de boa parcela das pessoas que usualmente transitam ou trabalham por ali, e por moradores de rua que fazem da área dormitório e banheiro. E, de outro, pelo descaso das autoridades municipais em dar continuidade nas ações de preservação (p.ex., o Solar da Beira -ao fundo na foto abaixo-, está visivelmente deteriorado), ou em adotar medidas que poderiam coibir essas demonstrações de maus hábitos. 
Apelo do Ver-O-Peso
A placa sobre uma poça d'água de um cano estourado na calçada diz:
"TV RBA, por favor venha ou solicite alguém para consertar o que vocês
causaram justamente no dia do aniversário do Ver-O-Peso-27/03/2012"
E há, ainda, aqueles que acham que Belém tinha/tem condições de sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014...

segunda-feira, 26 de março de 2012

Cenas de Belém 13

E, mais uma vez, aqui estão algumas das minhas cenas de Belém. Como a maioria das postagens da série "Cenas de Belém" são em caráter de denúncia, esta não foge à regra. 
Av. Dr. Freitas, em frente ao Hangar-Centro de Convenções 
Av. Almirante Barroso-Entroncamento

Av. Almirante Barroso -Próximo ao Entroncamento
As imagens foram feitas ontem, domingo, após o temporal que se abateu sobre a cidade e colocou-a sob as águas, literalmente. O pior é que essas cenas se repetem sempre que as chuvas são mais fortes. Graças ao Criador que Belém não tem morros...


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Cenas de Belém 11
Cenas de Belém 10
Cenas de Belém 9

quinta-feira, 22 de março de 2012

Semana de Acolhimento na UFPA


Começar de novo...


Desde o final do ano passado que estou devendo a mim mesmo, uma postagem sobre a nova caminhada profissional, que agora enceto como professor da UFPA


Não que com isso queira me exibir, ainda que me orgulhe sobremaneira de fazer parte desta que é a maior e mais importante universidade federal do Norte, com mais de 54 mil alunos, 11 campis e 700 cursos em todo estado. Mas, e sobretudo,  quero mostrar que a gente não deve ter medo de recomeçar na profissão (na mesma ou noutra), mesmo após 30 anos de exercício efetivo.   


Alguém já deve ter dito que ser professor é um eterno aprender, e "viver é não ter a vergonha de ser feliz..." (Gonzaguinha). E ser feliz é um constante aprendizado. Eis que, ao me aposentar da SEDUC me aventurei num concurso para a UFPA, e ingressei na Escola de Aplicação da UFPA. 


Nessa semana que finda, no período de 19 a 22, a PROGEP-Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal, da Universidade Federal do Pará, está realizando a Semana de Acolhimento Institucional dos Novos Servidores, uma novidade na instituição.

Com uma vasta e diversificada programação, a Semana contou com a presença do Magnífico Sr. Reitor, Carlos Maneschy, que deu as boas vindas aos novos  técnicos e professores da instituição. 

Os temas tratados nas palestras foram de real interesse do novo funcionário e satisfizeram a curiosidade quanto a questões como: a organização da instituição, progressão funcional, plano acadêmico, saúde e qualidade de vida do servidor, aposentadoria entre outros temas de caráter técnico-administrativo apresentados pela ró-Reitoria de Administração.

Um dos momentos de descontração e grande satisfação dos presentes ficou a cargo da apresentação do Grupo de Teatro Universitário e de dois professores, Marcelo Thiganá e João Borracha. O primeiro é famoso professor de dança de salão e empresário do setor, e o segundo, consagrado na área da fisioterapia e ginástica laboral em Belém. Ambos promoveram atividades que descontraíram e instruíram o grupo, e muito agradou a todos.

domingo, 18 de março de 2012

Dia Mundial do Contador de Histórias


Das coisas que eu sei, muitas aprendi de Contadores de Histórias. Em Nova Iguaçu (RJ), quando menino,  ouvia histórias contadas por minha avó e minha mãe (quase nunca de meu pai). E ainda pelos antigos programas de rádio. Depois de grande ouvia-as dos livros e  dos amigos em mesas de bar. Muitas vezes estas foram as mais interessantes e proveitosas. Até hoje adoro ouvir histórias e venero seus contadores. 

Dia Internacional do Contador de Histórias 
Dia 20 de março é mundialmente consagrado a esses encantadores. Eis porque hoje faço essa postagem com algumas trovas (abaixo) do amigo Antonio Juraci Siqueira (veja AQUI), um grande contador de histórias. Com elas homenageio todos os contadores e apreciadores de histórias, em especial minha amiga Comadre Florzinha, que em 2008 ajudei a criar um blog maravilhoso (veja AQUI).
 
AUMENTANDO UM PONTO...
Para todos os que fazem da contação de histórias a sua razão de ser e estar no mundo.
 
De quando em vez me comovo
no meio da garotada
descobrindo um mundo novo
num velho conto de fada!
 
Para vencer os conflitos
dos nossos dias tristonhos,
invento contos bonitos
e neles ponho meus sonhos!
 
Cada história recontada
é uma fecunda semente
que quando na alma é lançada,
germinará, novamente!
 
Quando as luzes da ribalta
o Tempo apaga, sem dó,
meu coração sente falta
das histórias da vovó...
 
Dragões, animais falantes,
duendes, bruxas malvadas...
Quantos mitos cativantes
num simples conto de fadas!
 
– Dona Benta! – Narizinho!
– Pedrinho! – Emília! – Visconde!...
Hoje, confuso e sozinho,
chamo e ninguém me responde!..
 
Brincadeiras de criança,
histórias do “era uma vez...”
Quanto mais a idade avança,
mais eu clamo por vocês!...
 
Contador, conta teu conto
e, nessa tão nobre lida,
aumentarás mais um ponto
na história da tua vida!
 
Para viveres sem trauma,
planta amor por onde andares
pondo um pouco da tua alma
nas histórias que contares!
 
Conta uma história de amor,
põe nela paz e esperança
que nada tem mais valor
que os sonhos de uma criança!
 
Quem sonha um novo horizonte,
torna o mundo mais risonho
e faz do conto uma ponte
estendida sobre o sonho!
 
A vida – tão complicada,
cheia de problemas mil –
é simples, bela  e encantada
dentro de um conto infantil!...
 
José Monteiro Lobato,
teu mundo alegre, infantil,
tem vida e cheiro de mato,
tem jeito de “Zé Brasil”!
 
Saltitante, zombeteiro,
alegre, maledicente...
Como esse Saci matreiro
instiga os sonhos da gente!
 
Nem mesmo o computador
com toda a tecnologia
podem matar a magia
que há na voz de um contador!
 
Antonio Juraci Siqueira
poeta, educador e contador de histórias.

terça-feira, 13 de março de 2012

Governo Desiste de Adotar nas Escolas Livros de Escritores Paraenses

Este blogueiro, como bom libriano, sempre esteve disposto a defender causas nobres e dignas. E se recebe um apelo contra algum tipo de injustiça então... 

Dessa feita essa "minha rua" abre espaço para deixar passar o desabafo do amigo e confrade Rufino Almeida, que com justa razão reclama contra a atitude do Governo Estadual, que não só desprestigia o escritor paraense como também desvaloriza a cultura paraônica, ao deixar de adotar autores paraenses nas escolas públicas estaduais. 

Esperamos que o Governo Estadual desenvolva projetos que contribuam, cada vez mais, para ampliar, nas escolas da rede, o gosto pela leitura das obras de escritores paraenses. Leia, abaixo, a mensagem encaminhada pelo Rufino. 

Caros Confrades Escritores e Poetas Paraenses.
           Tudo começou no Governo de Ana Júlia. No penúltimo ano do seu mandato, a SEDUC pela primeira vez na História da Cultura Paraense, comprou uma pequena cota de livros de editores paraenses e escritores independentes, nos pregando a ilusão de que a partir daquele ano seria uma prática anual do governo do estado. No último ano de governo, a SEDUC ignorou os autores nativos, mas comprou milhões de reais das grandes editoras do Sul e Sudeste. Entrou o Governo Jatene, prometendo que o que era bom do governo anterior teria continuidade no seu governo. No seu primeiro ano não comprou nenhum exemplar de livro paraense, mas comprou milhões de fora. Em dezembro de 2011 fomos convidados a nos cadastrar para a venda de até 300 livros. Foi uma correria para cumprir o praso para a entrega da papelada. Muitos escritores se endividaram junto às editoras. No dia 02 de março, o golpe traiçoeiro: O governo não tem dinheiro para comprar livros. Se o Governo Jatene não deu continuidade ao que Ana Júlia iniciou, é porque ele entende que livro de autores Paraenses não são boa coisa para os estudantes da rede pública.

          E agora, companheiros? Mergulhar no covarde silêncio da resignação ou elaborarmos um manifesto contra o governo que discorda de que um país se faz com HOMENS E LIVROS, conforme ensinava convicto, o Escritor Monteiro Lobato.
Um Abraço. Rufino Almeida. (Fotógrafo, Poeta, Escritor e Triatleta) 

segunda-feira, 12 de março de 2012

Minha Solidariedade ao Lúcio Flávio Pinto

Ato de solidariedade a Lúcio Flavio Pinto
                                  
Infelizmente não pude participar, no dia 06 passado, do ato público de solidariedade ao grande jornalista e escritor Lúcio Flávio Pinto, por compromissos profissionais com meus alunos. Mas agora deixo aqui patenteada a minha contribuição à essa luta contra tanta injustiça que a PRÓPRIA Justiça perpetra contra ele.

Segundo meu amigo Luciney Vieira, Lúcio é "um homem simples e de inteligência poderosa e rara que faz da vida uma doação de amor e coragem pela terra que o viu nascer e que o verá morrer de pé, lutando por nossa ultrajada e vilipendiada, mas não vencida, Amazônia, será homenageado num ato de solidariedade.(...) é  um farol que nós orienta nessa grande noite que se abateu sobre a nossa terra e a nossa gente. Dessa grande noite de medo e ignorância, de esquecimento e indiferença que cresce para além dos domínios dos rios e da floresta e que, diluída na correria do dia-a-dia, adentra letalmente nas veias de nossa sociedade alienada e alienante.
Toda  a solidariedade e toda a ternura que a alma, a mente e corpo (com mãos, pés, lábios e olhar) puderem passar a este homem, não pelo que ele é e fez e ainda faz, mas pelo que ele representa: o grito da razão ecoando em nossas consciências.

Ato de solidariedade a Lúcio Flavio Pinto

O Lúcio Flávio Pinto vem sofrendo pressões, ameaças e processos judiciais por conta do seu ofício de informar, defender o direito à informação do cidadão e denunciar as investidas dos poderosos contra o patrimônio da Amazônia. A perseguição política contra LFP já soma 20 anos desde o primeiro processo, em 1992. No total, são 33 processos judiciais cíveis e penais contra o jornalista, que tem se dedicado a sua função de investigar, checar informações e denunciar ações ilegais, corrupção, crimes contra o interesse e o patrimônio público, além de irregularidades no exercício da função pública.

Em 1999, o Jornal Pessoal denunciou Cecílio Rego de Almeida, dono da construtora C.R. Almeida*. O empresário grilou uma área de 4,7 milhões de hectares de terras públicas, no Pará. O conhecido “pirata fundiário” processou o jornalista por suposta “ofensa moral”. O Tribunal de Justiça do Pará aceitou a queixa e condenou Lúcio à indenização de R$ 8 mil; ele recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, mas no último dia 7 de fevereiro o STJ negou seguimento ao recurso, arquivando-o, sob alegação de “erros formais”.
Texto adaptado da mensagem por Tarcísio Feitosa:  tarcisio.xingu@gmail.com
Crédito imagem: Blog Mídia dos Oprimidos 

quinta-feira, 8 de março de 2012

Toda Mulher é "Aparecida"?..

Iva Rothe apresenta projeto “Aparecida”, no programa Conexão Cultura (Rádio Cultura) em homenagem ao Dia Internacional da Mulher
Cartaz de lançamento do CD, em 2010.
Ouvi pelo rádio do carro, e recebo por e-mail, a informação que minha querida amiga Iva Rhote estará amanhã, ao vivo pela Rede Cultura e Portal Cultura, com seu magnífico show "Aparecida". Claro que não perderei. E convido você, amigo caminheiro dessa rua que é meu blog, a conhecer um pouco mais da cultura e regionalismos paraenses ouvindo/assistindo ao show de Iva. Abaixo um excerto do texto do Portal Cultura, sobre o projeto e a artista.  

“Toda mulher é, ou não, aparecida?”. A pergunta guarda uma singela expressão do linguajar típico do caboclo do Pará, ao falar de alguém que gosta de se mostrar ou aparecer em público, e é também o mote do espetáculo “Aparecida”, da cantora paraense Iva Rothe, que a artista apresenta nesta sexta-feira (09), às 11h, ao vivo no programa Conexão Cultura “Especial Dia da Mulher”, da Rádio Cultura. A programação será transmitida ao vivo pela rádio, TV e Portal Cultura e terá apresentação de Betty Dopazo.

Os traços da linguagem amazônica, principalmente a fala das mulheres paraenses, são a marca do projeto que deu origem ao álbum “Aparecida”, que é o terceiro álbum de Iva Rothe. No show dessa sexta-feira, a cantora, compositora e pianista apresenta músicas autorais como “Aparecida”, “Fortuna Real” e “Água”, além de interpretar o mantra indiano “Gurudeva” e a canção “Luz do mundo”, de Manoel Cordeiro e Ronery.
A apresentação terá a participação dos músicos Pio Lobato (guitarra), Ulysses Moreira (bateria), Príamo Brandão (contrabaixo), Marcio Jardim (percussão), Lenilson Albuquerque (teclado e sampler) e da cantora Adriana Cavalcante, convidada de Iva na música Sereia. 

quinta-feira, 1 de março de 2012

40 Anos da Feria do Som

Esse blogueiro presta uma homenagem ao Programa Feira do Som, da Rádio Cultura FM, e ao seu criador, Edgar Augusto Proença, que hoje comemora 40 anos no ar. 

Poucos programas de rádio, e mesmo de televisão, podem se dar ao luxo de completar 4 décadas no ar, e com sucesso. A Feira do Som é um deles. Um dos raros, e o único em Belém que mantém sua proposta por tanto tempo. Eu o ouço desde que aqui cheguei em 1982, há exatos 30 anos.
O blogueiro e Edgar em clic rápido, num dos curtíssimos intervalos do programa
Eis que hoje, quando A Feira do Som comemora seus 40 anos me dei o direito de fã e fui tietar seu autor. Assim, troquei compromissos e fui assistir a esse programa especial, ao vivo do SESC Boulevard, e que contou com a participação de grande número de artistas e grupos paraenses, muitos dos quais iniciaram  sua carreira com o impulso do Edgar. 
Edgar com Nego Nelson e Bob Freitas, do Grupo Gema
Com essa postagem quero agradecer ao Edgar por me ajudar, com seu programa, a conhecer e gostar da música paraense. E quero parabenizá-lo, juntamente com  toda sua equipe, pelos 40 anos da Feria do Som. Espero estar presente no Jubiileu de Ouro do programa. Tchau, e até lá!...
No TOP BLOG 2011 ficamos entre os 100 melhores da categoria. Pode ser pouco para uns, mas para mim é motivo de orgulho e satisfação.
Sou muito grato a todos que passaram por essa rua que é meu blog e deram seu voto. Cord ad Cord Loquir Tum

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