quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A Greve de Professores no Pará

A greve dos Professores de Rede Pública Estadual Paraense vai para 50 dias, e talvez prossiga, caso o governo Jatene insista em descumprir a ordem federal de pagar o piso salarial da categoria. 

Brincando de Bozo
Acho engraçado o "governo" Federal dizer que os estados são obrigados a cumprir a lei do piso salarial (Lei Federal 11.738), e em seguida afirmar que "NÃO pode obrigar os governadores a cumprir a lei". Ora! Isso é brincar de Bozo com a  categoria, ou não é?

A Lei do Triângulo


Quero lembrar que no governo passado (do PT), quando começou a campanha para Governador, alguns professores (que talvez estejam em greve agora) me afirmaram que votariam no Simão Jatene (PSDB). Na época eu dizia para eles que o  PSDB já havia passado 8 anos no governo (4 do Almir Gabriel e 4 do Jatene), e que no seu governo a educação não foi prioridade (inclusive foi o governo que quase acabou com a Informática Educativa no estado). E arrematava dizendo que só um desmemoriado poderia querer isso de volta. No entanto foi exatamente o que se sucedeu. Repete-se o passado... O que esperavam??? 

Aprendi na Ordem RosaCruz-AMORC que tudo aquilo que acontece uma (01) vez pode nunca mais se repetir, porém se acontecer duas (02) vezes (a reeleição de Jatene, p.ex), certamente acontecerá uma terceira. 


E leio no Diário do Pará, que os pais de alunos desaprovam a greve dos professores (Leia a matéria na íntegra AQUI). Acontece que a reportagem é tendenciosa e agride a inteligência dos leitores. Eis que recebo, via e-mail, a seguinte reflexão sobre essa material. Confira abaixo:

Diário do Pará: Pais de alunos desaprovam a greve dos professores
Leitor: Quantos pais? Qual a pesquisa atestou este posicionamento? Qual a amostragem?
Diário do Pará: e diante da postura irredutível dos profissionais da educação em retomar as atividades
Leitor: Só os professores são irredutíveis? E o governo aceitou pagar o Piso, Implementar o PCCR? Pagar as Horas-atividades? Manter o cálculo das gratificações dos salários?
Diário do Pará: Carlos entrou com um processo contra a categoria na 1ª Vara da Fazenda da capital pedindo o fim da greve, e no Ministério Público do Estado, pelo direito constitucional ao patrimônio público e à educação, solicitando a formulação de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para a reposição das aulas perdidas.
Leitor: reconheço que qualquer cidadão tem legitimidade de buscar seus direitos, mas é lamentável a parcialidade da petição, pois só aciona o MP contra a categoria. Por que não pedir ao MP que posicione-se a favor do pagamento do Piso?
Diário do Pará: “Todo ano é a mesma coisa. Eles entram em greve e nunca repõem as aulas como deveriam. Eles (os professores) fazem o protesto deles, voltam ao trabalho e passam as matérias de qualquer jeito, só para aprovar os alunos.
Leitor: Quem gerencia o ensino não são os professores, quem elabora o calendário escolar é a SEDUC, portanto, as queixas também devem dirigir-se à SEDUC. Lendo o texto do Diário do Pará fico com a impressão que na escola só existe professor e aluno, não existe mais ninguém. Se as aulas não são ministradas como deveriam onde estão os diretores de escolas, gestores de USE e os técnicos da SEDUC?
Diário do Pará: “os professores têm o direito de reivindicar os seus direitos, como todo trabalhador, mas isso não pode prejudicar mais de 800 mil pessoas”.
Leitor: Novamente aqui o jornal insiste em responsabilizar apenas os professores. Por que não responsabilizar também o Governo do Estado, qual o interesse em proteger o governo e a SEDUC?
Diário do Pará: Negociações – As negociações com os professores da rede estadual ocorrem desde o início do ano, a fim de garantir as melhorias que a categoria reivindica. O secretário Especial de Estado de Promoção Social, Nilson Pinto, explica que, das reivindicações da classe, o governo já implantou o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR).
Leitor: Realmente as negociações iniciaram no 1º semestre e em várias oportunidades o governo sustentou que pagaria o Piso Salarial tão logo o STF publicasse o acórdão, fato ocorrido em agosto, porém, o governo não cumpriu sua palavra. A resposta da categoria foi a greve!
E sobre o PCCR o governo implantou “as pressas” uma parte do plano, seu objetivo imediato era se enquadrar nas regras estabelecidas pelo Ministério da Educação para receber a complementação de recursos para o pagamento do Piso. Mas o PCCR feito na marra corroeu os salários dos professores, pois modificou o cálculo das gratificações, implicando em muitos casos na diminuição do salário.
Diário do Pará: A Seduc tem aproximadamente 23 mil professores, e 75% deles são professores de nível superior, que ganham em média R$ 3.800,00 por mês. Professor que tem apenas o nível médio ganha cerca de R$ 2.300,00.
Leitor: Falta o secretário falar que R$3.800,00 é o valor bruto. Ao colocar os descontos da previdência e do Imposto de Renda, o salário diminui consideravelmente. E também é preciso lembrar que os professores com nível superior recebem em média 4 vezes menos que os demais profissionais com a mesma formação.
Diário do Pará: Ele esclarece que no orçamento do Estado para este ano – que sempre é aprovado no ano anterior – não havia previsão de recursos para implantação do PCCR, nem para o pagamento do Piso Nacional.
Leitor: E no orçamento do ano passado havia recursos para comprar aquele hospital que alguns dizer que foi superfaturado? Havia recursos para realizar o jogo do Brasil em Belém? Havia recursos para aumentar o salário do próprio governador, feito no início deste ano?
Diário do Pará: As aulas na rede estadual de ensino já estão normalizadas em quase 60% das escolas do Pará. O último balanço divulgado pela Seduc mostra que 17,7% das escolas estão com suas atividades parcialmente paralisadas, e 23,2% estão sem atividades.
Leitor: Se a greve é tão fraca, tão insignificante porque o governo está tão preocupado? Por que anunciar tanta repressão? Por que gastar tanto com publicidade antigreve?
Diário do Pará: A Secretaria iniciou o levantamento da situação dos docentes que têm faltado ao trabalho. Em seguida, aplicará as sanções determinadas pela Justiça, conforme solicitação do Ministério Público do Estado (MPE). Entre as medidas está o desconto das horas aulas perdidas.
Leitor: Porque tanto afinco em cumprir a decisão do judiciário paraense e nenhum em cumprir a do STF?

 
Arremate do leitor: A matéria do Diário do Pará abre espaço aos pais de alunos, ao governo e nenhum aos professores, foi por este motivo que deixaram de exigir diploma universitário para jornalistas. A regra básica ensinada na academia é ouvir os dois lados, as partes envolvidas, quando não se faz isto, não é jornalismo é publicidade.


Diante dos resultados ridículos e frustrantes dos últimos anos, onde os professores saíam da paralisação sem obter nenhum progresso nas reinvidicações, e ainda satisfeitos por não terem descontados os dias parados, passei a  brigar com outra arma: meu voto: DEFENDO O VOTO LIVRE, o VOTO NÃO OBRIGATÓRIO. E enquanto ele não vem, VOTO NULO!   

terça-feira, 1 de novembro de 2011

MENSAGEM AOS BRUXOS

Eu não gosto do Halloween como cultura imposta em nossas escolas. Há muito mais beleza nas nossas lendas e mitos nacionais, com ênfase nos da Amazônia, do que nos da América do Norte.
Nossa Matinta-Perêra, por exemplo, é mais interessante - e provavelmente mais apavorante - que as bruxas do Halloween; topar com um Mapinguari amedronta mais que encontrar o Jack O'Lantern, posso garantir.

Mas o que vale mesmo é  estimular o imaginário, essa fábrica fantástica de FANTASIA, pois o omem sem fantasia é a mais pobre das criaturas.

Pensando nisso meu amigo Antonio Juraci Siqueira, o "Filho do Boto", grande poeta e trovador desta mangueirosa cidade, nos presenteia com  um poema para o Dia das Bruxas, que reproduzo abaixo.

MENSAGEM AOS BRUXOS
                             
Vinde! Fadas, Encantados,
Gnomos, Bruxos, Duendes,
que o mundo em trevas depende
do lume de vossos fados!
Vinde! Matinta Perera,
Boiúna, Boto, Mãe D’água!
Vinde espantar tanta mágoa
desta vida passageira!...
                                                          
Ó, vinde! Bruxo da Praça,
amigo dos beija-flores,
guardião das plantas, das flores...
Vinde a nós com a vossa graça!
Vinde de todos os lados,
vinde com vossas magias
acalentar nossos dias
tão tristes, tão conturbados!...
Na concha de vossas mãos
trazei poções poderosas
tornando espinhos em rosas,
fazendo os homens irmãos!
Vinde a dançar e a sorrir
na ciranda da poesia,
que a vida, sem fantasia,
não vale a pena existir!
Antonio Juraci Siqueira
No TOP BLOG 2011 ficamos entre os 100 melhores da categoria. Pode ser pouco para uns, mas para mim é motivo de orgulho e satisfação.
Sou muito grato a todos que passaram por essa rua que é meu blog e deram seu voto. Cord ad Cord Loquir Tum

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