terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Os Blogues e a Liberdade de Expressão

Levante sua Voz: Blogue!
Comecei a trabalhar na perspectiva educomunicativa desde 2006. Inicialmente no NIED, com o auxílio de uma professora que participava do programa TIM Música na Escola, e criei o primeiro podcast de uma escola pública paraense (Veja aqui). Depois, em 1997, criei os blogues dos NTE de Belém (SEDUC e SEMEC) e comecei a desenvolver projetos com Blogues e Podcasts, realizando oficinas para os professores da rede municipal e estadual.

Desde então tenho me batido pelo protagonismo dos estudantes e professores na produção e socialização da informação com o uso de ferramentas digitais, como blogues e podcasts, e tenho me empenhado em divulgar seu emprego como recurso pedagógico nas escolas da rede pública paraense. Isso deu origem ao movimento de blogs educativos no estado.

O Vídeo que você verá a seguir expressa com profundidade, clareza, e uma boa pitada de humor, aquilo que entendo ser o papel fundamental dos blogues: um autêntico espaço de liberdade de expressão. Aborda questões como: cidadania, direito à informação isenta e de qualidade, liberdade de expressão, monopólio das comunicações no Brasil.

Esse documentário foi produzido no ano passado (2009) pelo Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social, com o apoio da Fundação Friedrich Ebert Stiftung. Tem roteiro, direção e edição: Pedro Ekman, e segue o estilo do famoso curta ILHA DAS FLORES, de Jorge Furtado (narração sobre imagens).


Postagens relacionadas 1 - Concurso de Blogs Educativos 2 - Homenagem ao Blogueiro...

Complemento de Postagem
Hoje, 28 de janeiro, encontrei no Youtube um vídeo antigo que traz o direito de resposta concedido a Leonel de Moura Brizola (1922-2004), ex-governador do Rio de Janeiro, e lido por Cid Moreira no Jornal Nacional.

Considero este discurso de Brizola a mais perfeita descrição da Globo, como veículo de comunicação, e dos interesses dissimulados por detrás de suas notícias e informações. Julgue você mesmo.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O Blog e a identidade da escola

O planejamento pedagógico em tempos de educomunicação

Começo de ano é também o começo da jornada pedagógica para milhares de pais, alunos e professores. Se de um lado os pais se entregam ao cansativo e dispendioso processo de matrícula, compra de material escolar etc, os professores iniciam o trabalhoso processo de planejamento pedagógico. E planejar o trabalho pedagógico é, de todos, o mais significativo momento do processo educacional.

Nesse momento, é fundamental ter em mente o papel das Salas de Informática-SI como ambientes tecnológicos de aprendizagem colaborativa; dos computadores em rede, como poderosas ferramentas pedagógicas, e das Tecnologias da Informação e Comunicação-TIC como auxiliares na formação crítica e participativa do sujeito social.

Assim, ao se prepararem para o planejamento, ou para a elaboração do Projeto Político Pedagógico-PPP da escola, a comunidade pedagógica (professores, gestores e técnicos) deve, por dever de ofício, estar atenta para o papel da Informática no processo de construção de conhecimentos.

Nesse cenário, destacamos os Blogues como um dos catalisadores do processo educativo, graças a sua versatilidade e possibilidades multi-inter-transdiciplinares. Mas, ao contrário do que muitos pensam, os blogues não são ferramentas de educação. Os blogues são ferramentas de educomunicação, ou seja, os blogues são formas de educar através de recursos multimidiáticos capazes de integrar a formação escolar, baseada em conteúdos disciplinares, com uma proposta de reflexão e intervenção social a partir da análise, produção e socialização da informação.

Planejar resistindo à modernidade

Para usar os blogs nessa perspectiva é preciso, antes de tudo, que o educador abandone a práxis tradicional e amplie seus horizontes conceituais e didático-pedagógicos. É necessário desenvolver novas habilidades e competências para empregar as TIC na transmissão de conteúdos de sua disciplina. Entretanto, durante a formação inicial a Academia não ofereceu formação nessa área, e muitos professores tendem a manifestar uma certa resistência à essa ferramenta. E à mudança comportamental que ela exige...

Talvez por isso muitos professores considerem o planejamento pedagógico como uma obrigação anual onde devem, apenas, preencher um documento exigido pela direção da escola. E em muitos casos ele é uma cópia do anterior.

Todo planejamento é um trabalho de reflexão e de elaboração de ações para resolver as dificuldades enfrentadas ou vindouras. Mas, ao voltar as costas para o potencial educomunicativo da Internet e das ferramentas virtuais de interação e criação de comunidades, como blogues, podcasts (rádio digital), Twitter, facebooks, por exemplo, o planejamento pedagógico da escola não somente mostra-se acrônico, defasado e deficitário de recursos, como também surdo e cego aos gritos e sinais da modernidade. Esse planejamento não atenderá aos objetivos da escola, não satisfará os alunos e nem contemplará as necessidades da sociedade do século XXI.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Haiti: Abba, abba, lame sabactâni!

Diante da catástrofe que se abateu sobre o Haiti, uma colega me disse com tristeza: "Deus abandonou aquele povo".

É curiosa essa mania de algumas pessoas de se acharem capazes de conhecer a vontade de Deus, de saber o que Ele quer, de fazer afirmativas sobre Suas preferências ou inclinações...

É como se o átomo de água soubesse o que sonha o oceano, ou como se um grão de areia encerrasse todas as trilhas da Terra.

É possível ao Homem saber o que pensa o Criador? Há quem creia nisso.

Hoje, enquanto ia de um trabalho para o outro, li na traseira de um carro: "Deus é fiel!" Ou seja, existem pessoas que acreditam que há um deus que, ao mesmo tempo, abandona a uns e é fiel a outros.  Será que crêem ser isso também possível?

Se acreditarmos que Deus é capaz de fazer escolhas, teremos que aceitá-Lo como um deus a quem faltam algumas prerrogativas da divindade. Ter preferências ou fidelidade é prerrogativa das criaturas humanas. Seria, então, possível crer n'Ele sabendo-o tão humano?

Os deuses do panteão mítico de alguns povos antigos tinha essa característica: guardavam similitudes de temperamento com os mortais: tinham humores variáveis. Castigavam ou premiavam conforme lhes desse na telha ou lhes conviesse os favores e oferendas. Mas esses povos, há séculos, desapareceram ou abandonaram tais crenças. Hoje a humanidade crê na existência de um deus único, Criador e Causa Primária de Todas as Coisas. Será mesmo?

Contam que Krishnamurti, ao encerrar uma palestra, foi questionado porque não falara de Deus. E ele perguntou: De que deus querias que eu falasse?

E quando lhe perguntaram se havia encontrado Deus, ele disse: Como sabes que encontrei Deus? Deus é uma coisa que estava perdida e foi achada? Deus pode ser encontrado, pode ser conhecido?

Hoje, parece que todo mundo sabe onde Deus está, ou onde Ele não está. Contudo, não O enxergam no terremoto que destrói uma cidade e soterra milhares de pessoas, ou nas águas que transbordam rios e carregam tudo à sua frente: morros, casas, pontes, carros e gente.

Muitos rezam dizendo: "Que seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu", mas como não acreditam que tudo que acontece, acontece pela vontade d'Ele? Eles rezam com a boca, não com mente livre de preconceitos.

Há os que acreditam que o acaso não existe, mas se sobrevém a desgraça, repetem as palavras do Cristo, na cruz:  "Abaa, abba, lame sabactâni? - Pai, pai, porque me abandonaste?". Porém, se esquecem que Cristo também disse: "Pai, perdoai, porque eles não sabem o que fazem".


O povo do Haiti, os atingidos pela chuva nalgumas cidades brasileiras, os famintos da Etiópia ou os infelizes de qualquer canto da Terra não estão esquecidos ou abandonados por Deus, nem recebendo um castigo Seu.

Seus sofrimentos nos comove, nos comprimem o coração de dó e piedade. Desencadeiam em nós um dos sentimentos mais profundos de que o Homem  foi dotado: a compaixão (com paixão=paixão com o outro). E não há nada de divino nisso.

Mas saiba que a lição que fica disso tudo é de todas a mais difícil de entender e de cumprir. É a lição do desapego: não se apegue a nada deste mundo, pois tudo é ilusão.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Belém: 30 em 394

Em fins de fevereiro de 1980, ou seja, há praticamente 30 anos, embarquei num avião no aeroporto do Galeão - ou Aeroporto Antonio Carlos Jobim, mas naquela época Tom Jobim ainda estava bem vivo -, e desci no aeroporto de Val-de-Cãns, em Belém. Era noite. Para variar, chovia. E eu planejava passar de dois a cinco anos, no máximo!...

Quando desci não havia ninguém me esperando. Pior, eu não conhecia ninguém nem coisa alguma da cidade. Parecia Caetano, em Sampa."É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi...". Aí, bateu aquela paura: - O quéqui tô fazendo aqui, mermão? - pensei. Desejei voltar na hora, mas tal como Nilson Chaves em "Não vou sair", "eu fui que fui ficando".

Belém não tinha outdoors enfeiando a cidade. Não tinha tanta violência e assaltos. Não havia gangs fazendo arrastão, nem cheira-colas por todo lado, nem flanelinhas em todo lugar onde se estacione um carro, nem tantos camelôs ocupando as calçadas e até mesmo a rua.

Quando o sinal fechava, você parava o carro e ninguém ficava na frente com malabares ou engolindo fogo, para depois passar o chapéu; nem lhe vinham oferecer frutas, refrigerente, água mineral, CD/DVD pirata e mil outras bugingangas. Também ninguém entrava nos ônibus para distribuir pedaços de papel com um pequeno texto (manuscrito ou digitado) pedindo ajuda, ou com aquela ladainha monocórdia e decorada: "Eu podia estar roubando...mas estou aqui pedindo...".

Embora as ruas asfaltadas não fossem das melhores, andar de carro ou ônibus era tranquilo. Não havia os engarrafamentos de final de tarde na Almirante Barroso. Não havia essa mania idiota de certos sujeitos de equiparem seus carros com poderosos sistemas de som, e depois dirigir pela cidade no volume máximo, ou estacionar nalgum canto e desrespeitar o sossego alheio a qualquer hora, com um som acima de 100 db e uma música de pésima qualidade.

Também mudei nesses 30 anos. Perdi um pouco de cabelo e os que ficaram se agrisalham lentamente. Ganhei algumas gordurinhas localizadas, rugas, cicatrizes. Belém também ganhou as suas, nesses 394 anos completados hoje, 12 de janeiro de 2010.

Quando cheguei era solteiro e meio que perdidaço, aventurando sonhos. Trazia de meu apenas uma mala de roupas, uma maleta com livros didáticos e um violão velho, no qual tocava não mais que duas dezenas de músicas. Hoje, esqueci as músicas que sabia, tenho 3 filhos (Madaya, Arcthur e Keith) e dois enteados (Victor e Amanda, que é minha caçulinha querida), e encontrei, no terceiro casamento, Lenise, a mulher das minhas vidas (passadas e futuras).

Já escrevi um livro, plantei árvores, tive filhos. Pouco acrescentei ao meu patrimônio material original, mas em compensação me sinto realizado e feliz.

Belém envelheceu, enfeiou? Não, apenas mudou. Nos seus 394 ela  me deu, até agora, seus melhores 30 anos. O que me reservará nos próximos?

Eu te saúdo, Cidade das Mangueiras! Te parabenizo, Bela Belém! E te agradeço, por me acolher e me permitir encontrar-me e ser feliz nessas tuas ruas.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Uma entrevista, um perfil e algumas considerações sobre Educação

Sempre que visito um blog, busco ler sobre quem é o blogueiro. Ainda que o blog seja, todo ele, uma fonte de informações sobre o seu proprietário, gosto de saber um pouco mais sobre esse cabra que atraiu minha atenção com seus textos, seu trabalho etc. Se você é como eu, talvez essa postagem lhe interesse.
Faz algum tempo fui convidado a fazer uma entrevista para o Whohub, que é um diretório de entrevistas com profissionais da comunicação, artes, tecnologia, marketing e, em geral, qualquer atividade com um componente criativo. Achei as perguntas interessantes, a ponto de permitir traçar um bom perfil profissional, ainda que aproximado, do entrevistado. Confira abaixo. Se gostar, visite o site e veja outros entrevistados.


Que matérias você ensina? Que tipo de alunos você tem?
Minha formação é em Física (Licenciatura Plena), mas já lecionei Matemática e Química. Nos últimos 10 anos trabalho com Informática Educativa, em Cursos de Formação de Professores. Meus alunos são todos professores das redes estadual e municipal em Belém-Pará.
Algum link onde possamos ver que você faz ou o centro onde você trabalha?
http://esteblogminharua.blogspot.com/
http://ntebelempa.blogspot.com/
http://niedbelem.blogspot.com/
Que experiências do passado o levaram a dedicar-se a isto? Como se despertou em você a vocação educadora?
Na verdade não sei como essa vocação despertou. Nunca pensei em ser professor. Queria ser arquiteto, engenheiro, inventor. Quando percebi já era professor.... Ai descobri que essa é a minha missão nesta vida.
Que mestre ou mestra foi mais influente em você, e por quê?
Durante a Universidade foi o prof. Hélio da Rocha Pitta, pela sua inventividade e criatividade. Na pós-graduação a professora Léa Fagundes, por sua energia, inteligência e dedicação à educação mediada por computadores.
Como você definiria sua filosofia docente?
Minha filosofia é baseada num olhar holístico de educação, na complexidade, no construtivismo-interacionismo.
Que aspecto da profissão representa um maior desafio para você?
O principal desafio é fazer com que o estudante goste de aprender, que goste da escola, da matéria. É convencer o educando da importância de estudar. É ter sempre uma aula interessante, prazerosa, construtiva, e transmitir os conteúdos de maneira eficiente. Também é convencer os outros professores a usarem os recursos da informática, disponíveis nas Salas de Informática das escolas, em sua práxis de sala de aula. Segue-se a isso o descontinuísmo das políticas públicas na área educacional e a falta de comprometimento de muitos políticos com a educação; a falta de visão dos gestores e diretores de escola para muitos aspectos da educação, mormente aquela mediada por computadores e a acomodação/conservadorismo de alguns colegas de profissão.
Que tipo de relação você estabelece com seus alunos/as?
Meus atuais alunos são todos professores, formados ou em formação, portanto mantenho um dialógo aberto e fraterno, mas com cobranças e críticas quando necessário.
Qual é o segredo para infundir curiosidade pelo conhecimento?
 Isso não é tarefa fácil e nem é segredo, pois não há uma fórmula para isso. Gosto de ensinar no estado da arte, e entendo que para despertar a curiosidade no estudante, para que ele tenha uma aprendizagem significativa, o professor deve ser apaixonado pelo que faz. Acho que muito contribui se o professor apresentar seu conteúdo de forma original, contextualizada e criativa, envolvendo o educando.
Qual é seu critério a respeito de pôr tarefas para a casa e sobre pontuação?
 O processo avaliativo é algo muito complexo, nem sempre justo e eficiente; e quando um aluno traz as tarefas prontas de casa, nem sempre isso é o resultado de uma reflexão sobre os desafios apresentados na tarefa. Por outro lado, ao levar tarefas para casa ele tem a chance de estar naquilo que Vygotsky chamava de "zona de desenvolvimento proximal", isto é, envolver seus pais ou alguém com maior conhecimento, e assim melhorar seu aprendizado e possibilitar novas articulações construtivas de saberes.
É possível ensinar/aprender criatividade? Como?
Comenius (J.A. Comênius) já afirmava, à quase 500 anos, que é possível ensinar tudo a todos. Ao longo da história moderna as ferramentas tecnológicas sempre foram introduzidas na escola com intuito de promover melhorias no processo ensino-aprendizagem. Atualmente temos os computadores como as mais significativas e importantes ferramentas auxiliares da educação. Tenho confiança no papel dos computadores em rede e na sua eficiência como promotores de um aprendizado condizente com os novos tempos. Mas a formação dos professores ainda é muito deficitária.
Como você se faz respeitar na aula? O que você faz quando surge um problema de disciplina?
O domínio do conteúdo contribui para o respeito, mas a relação afetuosa entre aluno e professor é fundamental. Hoje não tenho esse tipo de problemas, mas quando tinha, resolvia-os na própria sala. Mas já usei das prerrogativas de professor e agi com rigor.
Como você individualiza o ensino? Como você lida com os diferentes níveis dos estudantes de uma mesma aula?
Atualmente vejo o desnível das habilidades e competências em Informática na educação, dentre vários professores que participam dos cursos e oficinas que ministro. Procuro atender cada um de per si, tentando mostrar que o próprio aplicativo ajuda-o a aprender. Mas sempre estou exigindo deles atenção, observação e reflexão sobre o que estão fazendo, como forma de construírem seus conhecimentos na área.
Que significa para você aprendizado colaborativo? Como o põe em prática?
 Um aprendizado feito com a participação de outro é sempre colaborativo. Nas aulas desenvolvidas nas salas de informática das escolas buscamos trabalhar nessa perspectiva, colocando dois alunos por máquina: um sempre acaba ajudando o outro e ambos aprendem. Na metodologia de projetos trabalha-se muito sobre esse eixo.
O que você espera de seus supervisores? Que qualidades você valoriza na pessoa que dirige o centro?
Segurança no que propõe, clareza nas exposições e compreensão nas execuções.
Que assuntos a debate sobre ensino são de maior interesse para você?
Educação de modo geral, mas com ênfase no ensino mediado por computadores, nas Tecnologias na Educação, Educação Matemática, Formação de professores.
Seria bom que os professores tivessem incentivo econômico em função dos resultados escolares de seus alunos? Não concordo. O certo seria que os professores recebessem um pagamento condigno com a responsabilidade e relevância de sua atividade.
Além de mais recursos, que falta nas escolas de nosso tempo?
Falta que a sociedade compreenda que a escola não é um corpo isolado, mas um elemento constitutivo da própria sociedade, que recebe sua influência direta e tenta lidar com as diversas tendências que essa influência constrói no indivíduo. A Escola é formada por todas as instituições criadas pelo homem, sejam militares, religiosas, culturais, científicas etc. E a educação não é compromisso exclusivo de professores, mas de todos, indistintamente.
Como é a tecnologia que você utiliza habitualmente nas aulas?
Utilizo computadores em rede, Internet e objetos de aprendizagem.
Em frente às novas tecnologias, há que reinventar a escola, seus métodos e objetivos?
Reinventar não, nem remodelar, mas 'transmutar'. A escola sempre teve ao seu dispor, a cada momento histórico, todas as tecnologias disponíveis, mas nunca soube o que fazer direito com elas. Atualmente, com a Informática, temos uma chance de desenvolver novos caminhos. Para isso os métodos e objetivos da escola devem se ajustar as novas ferramentas, a nova sociedade muldializada e ao novo homem, o homem planetário.
Se você pudesse criar uma escola ideal, como seria?
Seria uma escola em que cada um aprendesse o que lhe desse prazer e satisfação. Mas para isso tería que viver numa sociedade ideal. Você conhece alguma?
Como você imagina que será uma escola daqui a 20 anos?
 Como será a escola não sei, mas como será o aluno posso ter uma idéia. Acho que serão estudantes mais participativos, mas ativos, mais investigativos e com maior domínio das diversas ferramentas de interação social disponíveis e a surgirem. Terão muito mais habilidade em buscar a informação desejada e construirão mais rapidamente seus saberes; e provavelmente serão os autores, ou co-autores, de muitas dessas informações.
Quais são suas metas pessoais? O que você gostaria de estar fazendo daqui a cinco anos?
Gostaria de estar aposentado, mas produtivamente. Quero concluir uns projetos de livros iniciados faz algum tempo.
Que qualidades você deve em alguém para aconselhar-lhe a dedicar-se ao ensino?
Gostar de ensinar e de aprender, ser investigativo, criativo e ter muita imaginação.  

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Comecei 2010 sem as Musas: agruras pela falta de imaginação

Agruras de blogueiro com falta de imaginação ou Comecei 2010 sem as Musas...

Olá! Essa é a postagem número 1 de 2010.  The first post, a primeira, primeiríssima postagem do ano. Ham?... Demorei? É, ' tá com razão! Já estamos no 5º dia do ano e somente agora este blogueiro faz uma postagem, e ainda por cima assim... meio chinfrim! Acontece que eu gostaria de ter feito uma postagem bem paid'égua em 1º de janeiro, mas me aconteceu o pior... Estou sem inspiração!!

É isso. Há uma semana inteira estou buscando inspiração para uma postagem decente. Sei lá porque diabos estou assim, mas isso acontece com todo blogueiro, não é? Com blogueiro só não! Pode acontecer com qualquer um. Com o poeta que quer concluir um verso; com o músico a quem fogem os acordes para uma nova melodia; com a dona de casa que quer criar um prato novo para o almoço de domingo; com o/a amante que quer surpreender o ser amado com um presente; com o professor que quer dar uma nova abordagem a um velho conteúdo; com o estudante que precisa fazer uma redação, com o político que quer compor um discurso comovente...

Blogar é um vício. Mas não é por isso que a gente vai postar qualquer coisa, apenas pra "encher linguiça", manter o blog atualizado. Blogar é um prazer quando a gente escreve algo legal, posta alguma coisa original, interessante.

Eu poderia falar do livro do jornalista Ricardo Alexandre sobre meu ídolo, Wilson Simonal, que ganhei de Madaya, minha filha; poderia falar do maucaratismo do Boris Casoy e sua hedionda manifestação de preconceito contra os garis (veja AQUI), ou sobre essa previsão, que li não sei onde, para o signo de Virgem: "Você é Virgem? Parabéns. 2010 será um ano para dar tudo certo. Ou seja, para dar tudo, certo? Melhor dizendo, para dar… tudo certo?"  Para mim é uma frase didático-pedagógica: pode ser usada para se mostrar a importância da vírgula. Hahahahaaa!... (Tem alguma virginiana lendo isso?)
Mas, infelizmente, as musas, aquelas de Platão (na figura ao lado), se recusam a me ajudar.

Você pode até dizer que basta visitar outros blogs, ler jornais, assistir o noticiário ou, simplesmente, olhar em volta, e a gente encontra algo interessante para contar. Sim, é verdade. Mas, nada disso adianta se as coisas não fluem no pensamento e a inspiração queda-se engessada.  E o que pode ser pior para um blogueiro do que ficar sem imaginação, sem criatividade?

Imagina o desespero: Tá lá o cabra querendo escrever mas não consegue harmonizar suas palavras num texto agradável e interessante; querendo contar alguma coisa mas nada merecedor de registro lhe vem à mente; querendo dizer daquilo que vê, mas suas idéias parecem vestir um escafandro. Falta de imaginação é ph...! Podes crêr!
* Crédito: Figura obtida na Wikipédia.
No TOP BLOG 2011 ficamos entre os 100 melhores da categoria. Pode ser pouco para uns, mas para mim é motivo de orgulho e satisfação.
Sou muito grato a todos que passaram por essa rua que é meu blog e deram seu voto. Cord ad Cord Loquir Tum

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