Recentemente, durante as férias de julho, eu e Leca estivemos passeando por lugares extremamente belos do litoral nordestino. Vimos a beleza explodindo nas mais diversas formas. Havia a beleza na formosura do corpo de homens e mulheres, no rosto das crianças, em peças de arte, em bichos. Vimos a devastadora beleza das coisas feitas pelo Criador e a beleza forçada das coisas criadas pela mão do homem. Olhando tudo isso, considerei que algo é belo quando traz uma espécie de serenidade ao observador; que a beleza é algo efémero, momentâneo, como a sensação de felicidade - e creio que ambas devem se manter assim: como um ideal a ser permanentemente buscado. Mas o que é beleza?
Manoel Bandeira dizia que o belo é tudo aquilo que nos agrada, mas há coisas que não nos agradam e contudo guardam uma beleza estonteante, com a erupção de um vulcão ou uma tempestade cheia de raios. Já as formas do corpo humano são extremamente sedutoras em sua beleza nua. E os fotográfos - J. R. Duram que o diga - e publicitários sabem explorar bem isso.
Oh, Beleza! Onde está tua verdade?
Mas, o que é a beleza senão coisas miúdas que em conjunto fazem um todo harmônico, equilibrado e matematicamente bem distribuído? O que é a beleza, senão a sequência de pequenas coisas que obedecem a uma frequência constante? Será que a beleza está na superficialidade ou no interior das coisas? Oh, beleza! Onde está tua verdade? indagava Shakespeare.
Enquanto ele procurava, os filósofos já haviam encontrado a beleza na Verdade. Mas para mim ela está na Matemática! E eu não sou matemático, apenas aprecio os números, suas correlações, sua mágica. Sim, definitivamente, a beleza é uma questão matemática.
Os pitagóricos acreditavam que tudo se resume a números e que as formas geométricas não passavam de números, representados no plano bidimensional ou tridimensional. Pela observação da natureza e suas relações de proporção, os antigos descobriram a Proporção Áurea ou Número de Ouro (Phi= 1,618) (veja mais AQUI) e o Retângulo Mágico, e com eles criaram suas mais belas obras.
Arquitetos, pintores e escultores antigos, desde os tempos das pirâmides ao Renascimento, todos sabiam que a beleza se resume na distribuição uniforme dos elementos constitutivos de um objeto ou figura. Mas foi Fibonacci que demonstraria, matematicamente, a existência dessa proporção (1,618) em todas as coisas da natureza.
Durante anos empreguei o desenho animado Donald no País da Matemática, da Walt Disney, am minhas aulas. E depois, com auxílio de uma fita métrica, aplicava a proporção áurea neles com o propósito de descobrir quem eram os mais bonitos(as) da turma, mas isso era um artifício metodológico (Veja parte do desenho animado abaixo).
Também usei os desenhos de Picasso e de Escher para trabalhar os conceitos de beleza e feiúra, com base nos eixos de simetria. Mais tarde, em 2002, criei uma atividade muito interessante no Paint Brush, que trabalha eixos de simetria e a beleza presente nas coisas da natureza e nas feitas pelo homem, a partir de noções matemáticas.
Saiba se você é bonito(a?
Numa pessoa a beleza - num sentido estético - está nos pequenos detalhes distribuídos harmonicamente pelo seu rosto e corpo. Alguns são bem sutis, outros nem tanto, mas é a simetria dessas pequenas coisas ou sinais, que forma um conjunto agradável aos sentidos da visão e estimulam o cérebro a descobrir a ordem presente naquele objeto ou criatura. Assim, beleza e fealdade não passam de uma questão matemática, uma questão de equilíbrio ou de desequilibrio entre esses pequenos elementos, que no final se resume a meros números.
Quer saber se você é matemáticamente belo/bela ? Então, meça sua altura e depois divida pela altura do seu umbigo até o chão. Se o resultado for exatamente 1,618.., parabéns! Ah, lembre-se que os instrumentos de medida que empregamos no lar não são exatemente precisos. Então, se o resultado de sua medida não for 1,618 não esquenta. Afinal, quem ao feio ama, bonito lhe parece. Heheheee...
Oi Franz
ResponderExcluirMinha amiga Beth, professora de Matemática, trabalha sempre em parceria com a beleza, mesmo que esta não seja tão compreendida através de obras de arte contemporâneas.
Compartilhamos o blog Inter4, onde ela coloca suas "divagações matemáticas" pelo mundo das pipas, do número áureo, das ilusões de Erscher, e das curvas do Museu de Arte Contemporanea de Niterói. Este último foi objeto de um projeto e uma parceria que foi além na conjugação de espaços arquitetônicos, Arte e Matemática. Eu achei fantástico, e sugiro que você dê uma olhadinha, já que o tema lhe desperta interesse, naquilo que ela publicou em nosso blog: http://interescolar4.blogspot.com
Ei meu amigo, passei para deixar um abraço e desejar um excelente segundo semestre.
ResponderExcluirbjõ.
Fala mestre, muito bom e dinâmico está o seu blog esse vídeo então demonstra o nosso cotidiano matemática que está presente em nosso dia-a-dia. Um grande abraço.
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